Crispin Odey deixa gestora que fundou após acusações de assédio
Por Carolina Mandl e Nell Mackenzie
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Crispin Odey, um dos gestores de fundos de hedge mais conhecidos do Reino Unido, está deixando a empresa que fundou, a Odey Asset Management, após acusações de conduta sexual inadequada, disse o comitê executivo da empresa em um comunicado enviado neste sábado.
O jornal Financial Times e o site Tortoise, em reportagem conjunta na quinta-feira, publicaram alegações de 13 mulheres dizendo que Odey as havia agredido ou assediado sexualmente durante um período de 25 anos. Ele nega as acusações.
Odey e Duncan Lamont, consultor do escritório de advocacia Charles Russell Speechlys, que representa a Odey Asset Management, não responderam a um pedido da Reuters para comentar a saída do gestor.
"A partir de hoje, ele não terá mais nenhum envolvimento econômico ou pessoal na gestora", disse o comitê executivo de Odey em comunicado.
O grupo de Odey continuará operando sem ele e seus sócios controlarão e administrarão a empresa de gestão de ativos. A companhia acrescentou que está investigando as alegações sobre Crispin Odey, mas não pode comentar o tema em detalhes porque está sujeita a obrigações legais de confidencialidade.
Desde a publicação na quinta-feira, três dos bancos parceiros da Odey Asset Management -- Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley -- e alguns de seus clientes passaram a revisar ou cortar relações com a gestora.
Odey, que fora inocentado de acusações de agressão por um tribunal britânico em 2021, disse à Reuters na quinta-feira que a reportagem era "uma repetição de uma matéria antiga e nenhuma das alegações foi referendada por um tribunal ou por uma investigação".
(Reportagem de Carolina Mandl em Nova York e Nell Mackenzie em Londres; Reportagem adicional de Kirstin Ridley)
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