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IBC-Br: Prévia do PIB sobe 0,56% em abril, acima das expectativas

Índice registrou crescimento de 0,56% em abril na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados hoje pelo Banco Central. - Por Camila Moreira
Índice registrou crescimento de 0,56% em abril na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados hoje pelo Banco Central. Imagem: Por Camila Moreira

Camila Moreira

Em São Paulo

16/06/2023 09h08Atualizada em 16/06/2023 10h37

A economia brasileira cresceu em abril e iniciou o 2º trimestre com desempenho bem melhor do que o esperado, mostram dados do Banco Central divulgados hoje.

O que aconteceu:

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC) registrou alta de 0,56% em abril em relação ao mês anterior. O dado é considerado um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto).

O resultado mostra ganho de força após o índice ter caído 0,14% em março, em dado revisado pelo BC de uma queda de 0,15% informada antes.

A leitura do mês ainda ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%, em um resultado que, junto com a desinflação em curso no país, forma um quebra-cabeças para a condução da política monetária pelo BC, em meio a persistentes críticas do governo ao nível elevado da taxa de juros.

Em abril, a produção industrial caiu 0,6% em relação a março, em dado que mostrou mais fraqueza do que o esperado, enquanto ao volume de serviços recuou bem mais do que o previsto no mês, a uma taxa de 1,6%.

Já as vendas varejistas, embora tenham subido 0,1%, iniciaram o segundo trimestre com perda de força.

Na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br teve avanço de 3,31%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 3,43%.

Os dados divulgados do IBC-Br superaram as expectativas e confirmaram o movimento que já havíamos observado na última divulgação do PIB. Vimos, porém, uma divergência do IBC-Br para outros indicadores de atividade divulgados nesta semana, como do setor de serviços e vendas no varejo, que recuaram em maior magnitude em abril e maio, respectivamente. Com isso, o movimento do IBC-Br ainda pode ser reflexo do aquecimento no setor agro que observamos na divulgação do PIB.
Analista Gabriel Costa, da Toro Investimentos

PIB superou expectativas no 1º trimestre

Segundo dados do IBGE, o PIB brasileiro expandiu 1,9% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, em um dado que ficou acima da expectativa graças ao impulso do setor agrícola.

No entanto, a sustentação dada pelo setor agropecuário deve perder força à frente, com setores mais sensíveis ao aperto monetário sentindo a pressão da taxa de juros elevada, o que deve continuar pesando na economia no restante do ano.

Banco Central deve manter Selic em 13,75% apesar de críticas do governo

O BC volta a se reunir na semana que vem para deliberar sobre a taxa básica de juros, e a expectativa do mercado na pesquisa Focus é de manutenção no atual patamar de 13,75%, com a Selic encerrando ao ano a 12,50%.

Se por um lado a taxa elevada afeta setores sensíveis ao crédito, por outro novas medidas de transferência de renda pelo governo devem dar algum impulso, ajudando a evitar uma desaceleração mais intensa do PIB.

O Focus aponta que o mercado prevê para este ano uma expansão do PIB de 1,84%, indo a 1,27% em 2024.

*Edição de Luana Maria Benedito