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Redução de voos no Santos Dumont entrará em vigor em outubro

Movimentação de passageiros no saguão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro - Paulo Carneiro/Photopress/Estadão Conteúdo
Movimentação de passageiros no saguão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro Imagem: Paulo Carneiro/Photopress/Estadão Conteúdo

Rodrigo Viga Gaier

19/06/2023 16h19

A redução de voos no Santos Dumont para tentar combater o esvaziamento do aeroporto internacional do Galeão vai entrar em vigor a partir de outubro, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

O governo federal decidiu na semana passada, junto com a prefeitura do Rio, que o Santos Dumont, no centro da cidade, ficará restrito a voos para os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Brasília, o que significará a volta ao Galeão dos voos para todos os outros destinos.

Como passagens aéreas já tinham sido vendidas com antecedência, a implantação da medida precisará ser gradual, disse França, acrescentando que a redução de voos começará a ser posta em prática em outubro.

"A partir de outubro, quando não há mais voos já contratados, vão começar as reduções", disse o ministro a jornalistas.

"A implantação é progressiva dessas medidas. Quando a pessoa adquire uma passagem a gente não pode chegar para a pessoa e dizer: 'a passagem que você adquiriu não tem validade'. As companhias têm que ser preparadas para isso... A partir de outubro a gente faz a redução", acrescentou.

O aeroporto do Galeão, na zona norte, movimentou menos de 6 milhões de passageiros no ano passado, mesmo tendo uma capacidade anual para mais de 30 milhões, enquanto o Santos Dumont teve mais de 10 milhões, segundo dados do governo federal.

O grande número de voos e passageiros no Santos Dumont é apontado como uma das causa do esvaziamento do Galeão. A concessionária Changi, de Cingapura, chegou a anunciar que pretendia devolver a concessão do Galeão, mas depois voltou atrás, em movimento que está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

"O Galeão este ano já deve ir para quase 8 milhões, mas ainda sim não é suficiente para um aeroporto tão grande, bem montado e a maior pista do Brasil. Queremos que a Changi faça a parte dela também e coloque outros empreendimentos lá", disse França.