Paris Airshow registra avanços na cadeia de suprimentos com aumento de pedidos por aviões
Por Allison Lampert e Valerie Insinna
PARIS (Reuters) - A fabricante de motores a jato Pratt & Whitney sinalizou um "progresso sólido" na cadeia de suprimentos aeroespacial nesta quarta-feira, abordando uma área importante de preocupação para os fabricantes de aviões, à medida que continuam recebendo pedidos durante a Paris Airshow.
Os dois primeiros dias do maior evento aéreo do mundo registraram pedidos abundantes de companhias aéreas indianas que buscam lucrar com uma rápida recuperação nas viagens desde a pandemia e previsões de forte crescimento contínuo no país mais populoso do mundo.
Mas a recuperação pós-pandemia tem sido mais problemática para os fornecedores, que ainda enfrentam custos crescentes, escassez de peças e falta de mão de obra qualificada.
A incerteza levantou preocupações se os fabricantes de jatos Airbus e Boeing serão capazes de atingir metas ambiciosas para aumentar a produção a fim de atender as entregas para os clientes.
Apenas os pedidos indianos desta semana -- 500 jatos Airbus de fuselagem estreita da transportadora de baixo custo IndiGo e um acordo de 470 aviões para jatos Airbus e Boeing finalizado pela Air India -- adicionarão quase 1 mil aviões à carteira de pedidos do setor.
A Pratt & Whitney disse nesta quarta-feira que os encalhes atingiram um pico de 10% da frota movida pelo motor GTF no primeiro semestre deste ano, e essa porcentagem tende a cair no resto do ano.
O GTF é uma das duas opções de motor para alimentar a aeronave de fuselagem estreita A320neo, a mais vendida da Airbus.
O presidente da Pratt & Whitney, Shane Eddy, que enfrentou uma reação das companhias aéreas devido a problemas de durabilidade e escassez de motores sobressalentes, disse que estava vendo "progresso sólido" na cadeia de suprimentos.
A empresa tem capacidade para atender à demanda de manutenção, mas enfrenta escassez de materiais, acrescentou.
MAIS OFERTAS
Os fabricantes de aviões também enfrentam mercados de trabalho enxutos enquanto se esforçam para aumentar a produção, mas a Airbus disse que preencheu mais de 7 mil das 13 mil vagas que pretende adicionar este ano.
A empresa de leasing de aeronaves Avolon assinou um memorando de entendimento para encomendar 20 aeronaves Airbus A330neo.
A Airbus também é vista perto de um acordo potencialmente grande com a mexicana Viva Aerobus, embora na segunda-feira algumas fontes estivessem prevendo que o volume poderá estar mais próximo de 60 jatos do que os três dígitos relatados inicialmente, sem garantia de resultado nesta semana.
A Boeing, enquanto isso, ganhou um pedido de quatro jatos 737 MAX da Akasa Air da Índia, enquanto a Luxair de Luxemburgo, também encomendou quatro 737 MAXs.
(Reportagem de Tim Hepher, Joanna Plucinska, Allison Lampert e Valerie Insinna)
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