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Funcionários da Starbucks em mais de 150 lojas no EUA entrarão em greve por proibição de decoração do Orgulho LGBTQ+

Starbucks - Por Deborah Mary Sophia
Starbucks Imagem: Por Deborah Mary Sophia

Deborah Mary Sophia

23/06/2023 11h26

Por Deborah Mary Sophia

(Reuters) - Mais de 150 lojas e 3.500 trabalhadores da Starbucks entrarão em greve na próxima semana nos Estados Unidos, disse o sindicato que representa os baristas da rede de cafés nesta sexta-feira, depois de alegar que a empresa proibiu as decorações do Mês do Orgulho LGBTQ+ em seus cafeterias.

O sindicato dos trabalhadores disse no início deste mês que a empresa retirou as decorações e bandeiras do Mês do Orgulho em várias lojas, enquanto alguns trabalhadores foram às redes sociais para relatar a indignação.

A Starbucks negou nesta sexta-feira as alegações e disse que são "informações falsas". A empresa disse na semana passada que "não houve mudança em nenhuma política sobre esse assunto" e que ainda incentiva os gerentes de loja a celebrar o Mês do Orgulho, desde que as diretrizes de segurança da loja fossem seguidas.

Várias grandes marcas dos Estados Unidos enfrentaram reação dos conservadores por causa de decorações LGBTQ+ e, depois disso, críticas de grupos de direitos homossexuais por apoio insuficiente à comunidade depois que as empresas cederam sob pressão dos conservadores.

A varejista Target mudou as vitrines e até mesmo retirou algumas mercadorias das prateleiras, e as vendas da cerveja Bud Light, da Anheuser-Busch InBev's, caíram nas últimas semanas devido aos esforços de marketing envolvendo a comunidade transgênero.

A Starbucks Workers United disse nesta sexta-feira em um tuíte que o Seattle Roastery, localizado a apenas nove quarteirões da primeira loja da Starbucks no Pike Place Market, em Seattle, estava liderando a greve nacional.

A Starbucks, que administra cerca de 9 mil locais de propriedade da empresa nos Estados Unidos, viu funcionários de mais de 300 lojas votarem pela sindicalização desde o final de 2021, exigindo melhores salários e benefícios.

Atualmente, a empresa também enfrenta centenas de reclamações, acusando-a de práticas trabalhistas ilegais, como demitir sindicalistas e fechar lojas durante campanhas trabalhistas.