BC britânico agirá até inflação voltar à meta, diz Pill

CIDADE DO CABO (Reuters) - O economista-chefe do Banco da Inglaterra, Huw Pill, disse nesta quinta-feira que o banco central britânico vai "continuar o trabalho até o fim" para trazer a inflação alta de volta à meta de 2% da instituição, mesmo que haja risco de elevar muito os juros.

"O elemento essencial é que nós, no MPC (Comitê de Política Monetária), precisamos continuar o trabalho até ao fim e garantir um regresso duradouro e sustentável da inflação à meta de 2%", disse Pill em discurso durante conferência de pesquisa organizada pelo banco central sul-africano.

"Atualmente, a ênfase ainda está em garantir que sejamos -- nas palavras da última declaração do MPC -- suficientemente restritivos durante tempo suficiente para garantir que tenhamos esse retorno duradouro à meta."

O Banco da Inglaterra elevou os juros pela 14ª vez consecutiva neste mês e disse que os custos dos empréstimos provavelmente permanecerão elevados durante algum tempo, a fim de evitar que a inflação alta se transforme em um problema de longo prazo para a economia britânica.

Pill disse que existe o risco de o banco central aumentar demais os custos dos empréstimos.

"Agora que a política se encontra em território restritivo, existe a possibilidade de fazer demais e infligir danos desnecessários ao emprego e ao crescimento", afirmou.

Mas ele também disse que não há espaço para complacência e que alguns indicadores de pressões inflacionárias subjacentes evoluíram recentemente de forma menos benigna do que a taxa de inflação geral, que desacelerou de 11,1% em outubro para 6,8% em julho.

(Por William Schomberg e Sarah Young em Londres)

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