BCE tem longo caminho a percorrer para desinflação, mas está em uma boa posição, diz Knot
MARRAKECH (Reuters) - O Banco Central Europeu fez "progressos importantes" na redução da inflação para a meta, mas ainda há um longo caminho pela frente e um novo aumento dos juros não pode ser descartado, disse o chefe do banco central holandês, Klaas Knot, nesta quarta-feira.
O BCE aumentou as taxas de juros em cada uma de suas dez últimas reuniões mas sinalizou uma pausa para outubro, com algumas autoridades argumentando que o banco já fez o suficiente, enquanto outros mantêm firmemente a possibilidade de mais aumentos nos juros.
"De modo geral, fizemos progressos importantes para que a inflação volte à meta, mas ainda temos um longo e sinuoso caminho pela frente", disse Knot em uma conferência em Marrakech, no Marrocos.
"Acredito que a política monetária neste momento está em uma boa posição... (mas) permaneceremos vigilantes e estamos prontos para ajustar as taxas de juros ainda mais se o processo de desinflação for interrompido."
Knot argumentou que o BCE tem uma "perspectiva confiável" de levar a inflação de volta à meta até 2025.
A inflação deve cair para perto de 3% até o final deste ano e, em seguida, estagnar durante a maior parte do próximo ano, antes de atingir novamente as metas em 2025.
Knot argumentou que a economia da zona do euro está enfrentando um período de estagnação econômica, já que o setor industrial está em recessão e o de serviços também começou a sofrer.
"O esfriamento da economia pelo qual estamos passando atualmente também é, de certa forma, desejável", disse Knot, argumentando que o crescimento fraco ajuda a reduzir a demanda e a combater a inflação.
Mas ele argumentou que, no médio prazo, as perspectivas são melhores e o crescimento provavelmente se recuperará.
(Reportagem de Balazs Koranyi)
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