Atividade empresarial da zona do euro tem nova retração em novembro e aumenta temores de recessão, aponta PMI

Por Jonathan Cable

LONDRES (Reuters) - A retração da atividade empresarial da zona do euro perdeu força em novembro, mas permaneceu generalizada, sugerindo que a economia do bloco vai contrair novamente neste trimestre já que os consumidores continuam a controlar seus gastos, segundo uma pesquisa.

No último trimestre, a economia caiu 0,1%, segundo dados oficiais, e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto de novembro, divulgado nesta quinta-feira, indicou que o bloco monetário de 20 países está a caminho de nova retração no quarto trimestre.

O PMI do HCOB, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 47,1 em relação à mínima de quase três anos registrado em outubro, de 46,5. Mas permaneceu firmemente abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração.

Pesquisa da Reuters apontava aumento mais modesto, para 46,9.

"A fraqueza contínua nas pesquisas de negócios da zona do euro sugere que uma recessão está no horizonte. O setor industrial continua na lama, enquanto o de serviços continua a se contrair", disse Mike Bell, do J.P. Morgan Asset Management.

Ainda assim, a desaceleração da Alemanha mostrou sinais de abrandamento, com a atividade industrial e de serviços caindo mais lentamente do que nos meses anteriores, aumentando as expectativas de que uma recessão na maior economia da Europa possa ser mais superficial do que o esperado.

O PMI do setor de serviços do bloco subiu de 47,8 para 48,2 este mês, um pouco acima da expectativa de 48,1 em pesquisa da Reuters.

A demanda caiu pelo quinto mês consecutivo, embora em um ritmo mais lento do que em outubro. O índice de novos negócios subiu de 45,6 para 46,7.

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A atividade industrial, que tem mostrado contração todos os meses desde julho de 2022, caiu novamente em novembro. Seu PMI subiu de 43,1 para 43,8, superando a expectativa da pesquisa de 43,4, mas resolutamente abaixo do ponto de equilíbrio.

Um índice que mede a produção subiu de 43,1 para 44,3, um recorde de seis meses.

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