Mina da Braskem sofre rompimento e Defesa Civil de Maceió monitora local

SÃO PAULO (Reuters) - A prefeitura de Maceió informou neste domingo que houve um rompimento na mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, e que a Defesa Civil está monitorando o local de forma a obter mais detalhes sobre a situação.

O rompimento foi percebido por volta das 13h15 num trecho da lagoa Mundaú, no Mutange, segundo a Defesa Civil. Vídeo compartilhado pela assessoria de imprensa da prefeitura de Maceió mostrou jatos de água lamacenta emergindo repentinamente num ponto próximo à margem da lagoa.

Não ficou claro o impacto desse rompimento no processo de afundamento da mina 18, que, segundo as autoridades, está sob risco de colapso.

No entanto, "a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas", informou a Defesa Civil.

Boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo mostrou que a velocidade vertical de afundamento da mina era de 0,52 centímetros por hora até as 9h da manhã. Um dia antes, o ritmo era de 0,35 centímetros por hora.

A Braskem recebeu solicitação do município de Maceió para iniciar discussões sobre um novo acordo de compensação por danos decorrentes do afundamento do solo da cidade, e disse na última sexta-feira estar avaliando a correspondência.

A companhia e empresa acertaram em julho deste ano uma compensação de 1,7 bilhão de reais, e governo municipal disse que o acordo permanece válido, mas agora busca um acerto para inclusão dos "novos danos".

Em nota, a Braskem disse neste domingo que câmeras registraram "movimento atípico de água" na lagoa Mundaú no trecho sobre a mina 18, acrescentando que um sistema de monitoramento de solo captou a movimentação. "Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas", afirmou a empresa.

(Por Luana Maria Benedito)

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