GWM cita medidas do governo e adia fábrica no Brasil para 2º semestre
SÃO PAULO (Reuters) - A montadora chinesa GWM adiou a inauguração de sua fábrica em Iracemápolis, no Estado de São Paulo, prevista para maio, citando medidas recentes do governo federal, e passou a prever o lançamento da nova planta no segundo semestre deste ano.
Segundo a fabricante de veículos elétricos, o adiamento ocorreu devido ao retorno gradual do Imposto de Importação para veículos eletrificados e híbridos, que teve início em janeiro deste ano, e ao anúncio do programa automotivo Mover, que tem como meta incentivar a produção local de veículos com menor emissão de poluentes.
A GWM do Brasil disse à Reuters nesta quarta-feira que precisou "fazer um ajuste" com relação à data de inauguração. No ano passado, após lançar seu primeiro carro totalmente elétrico no Brasil, o Ora 03, a montadora anunciou investimentos de 10 bilhões de reais no país, dos quais 6 bilhões de reais em três anos, até 2025.
A companhia adquiriu a fábrica de carros da Mercedes-Benz em Iracemápolis em 2021 e esperava começar a produzir este ano uma picape elétrica ainda não lançada pela marca.
"Adiantamos a produção de um SUV urbano da linha Haval, de maior volume do que a picape, que será o lançamento seguinte", acrescentou. "Tudo continua igual. Valores e produtos. Só mudamos a ordem por causa das mudanças do governo: primeiro SUV, depois a picape."
A fábrica de Iracemápolis terá capacidade de produção de 100 mil unidades por ano ao final do processo de modernização da planta, segundo dados da montadora, e deve gerar cerca de 2 mil empregos depois que estiver operando em plena capacidade.
(Reportagem de Alberto Alerigi Jr.; texto de Patricia Vilas Boas)
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