Lula assina contrato para execução de R$10 bi do Fundo Clima

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira um contrato envolvendo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para operacionalização de cerca de 10 bilhões de reais por meio do Fundo Clima destinados a projetos ambientalmente sustentáveis.

"Assinei o fortalecimento do Fundo Clima no valor de R$ 10 bilhões, ao lado do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a ministra @MarinaSilva, e os ministros @Haddad_Fernando e @costa_rui", publicou Lula na rede social X, classificando o incremento de recursos ao fundo como um "salto na retomada desse instrumento que vai garantir transição energética e mais capacidade de enfrentamento às mudanças climáticas".

De acordo com Marina Silva, ministra da pasta do Meio Ambiente e Mudança do Clima, esses recursos foram captados a partir dos fundos verdes lançados pelo governo federal no ano passado.

"Hoje nós fizemos a assinatura que repassa cerca de 10 bilhões de reais para o BNDES, que é o operacionalizador do Fundo Clima, disse Marina Silva a jornalistas após reunião com o presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

"Nós fizemos uma captação de recursos na ordem de dois bilhões de dólares. Esses dois bilhões, convertidos para o real, dão algo em torno de 10 bilhões... Esses 10 bilhões do Fundo Clima serão operacionalizados pelo BNDES, porque trata-se de um fundo retornável nessa modalidade", explicou a ministra.

Marina Silva explicou que os investimentos são destinados a produtos e ações que girem em torno de eixos já pré-definidos pelo governo: finanças sustentáveis, adensamento tecnológico, economia circular, transição energética, infraestrutura resiliente e bioeconomia.

Segundo a ministra, o Fundo Clima até então vinha operando com recursos "bem modestos", em uma média entre 400 e 500 milhões de reais por ano.

"A partir da retomada do fundo, após ter ficado quatro anos sem funcionamento durante o governo anterior, nós conseguimos, junto com o BNDES e o Ministério da Fazenda, fazer com que o fundo fosse reforçado."

(Reportagem de Patrícia Vilas Boas; Texto de Maria Carolina Marcello)

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