Banco BV tem lucro 14% maior no 1º tri, expande crédito para o varejo

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O banco BV teve lucro líquido de 321 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 14,1% em relação ao mesmo período do ano passado, em meio à queda da inadimplência e ao aumento da carteira de crédito ao varejo.

A carteira de crédito total atingiu 88 bilhões de reais, alta de 4,3% ano a ano. O portfólio de varejo cresceu 9,3%, para 61,9 bilhões de reais, com destaque para o financiamento de veículos.

A carteira de veículos leves usados, segmento no qual o BV é líder há 11 anos seguidos, encerrou o primeiro trimestre em 43,8 bilhões de reais, 15% acima do mesmo período de 2023. A de veículos novos, pesados e motos aumentou 21,9%, a 4,7 bilhões.

Os empréstimos com garantia de veículo somaram 3,4 bilhões, expansão de 46% ante o mesmo período de 2023, mostraram os dados divulgados pelo banco nesta terça-feira.

O BV tem o Banco do Brasil e o conglomerado Votorantim como sócios.

Os financiamentos a empresas encolheram 6%, para 26 bilhões de reais, com o BV afirmando que adotou uma postura conservadora de priorizar rentabilidade dado elevado número de recuperações judiciais e pressão de inadimplência de empresas.

Além disso, o banco também atrelou a retração na carteira do atacado ao reposicionamento estratégico da instituição de diversificação e pulverização de riscos.

Como resultado, o retorno sobre o patrimônio subiu 1 ponto percentual, para 10% no primeiro trimestre, enquanto o índice de inadimplência recuou 0,3 ponto percentual, para 4,9% sobretudo por conta da queda dos índices da carteira do varejo.

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O custo de crédito do BV caiu 20,3% no período. O índice de cobertura ficou em 161% e o índice de Basileia foi de 15,5%.

"O desempenho do BV no primeiro trimestre reforça que, passado o período mais crítico de endividamento das famílias, temos crescido de forma consistente e com rentabilidade", afirmou o presidente-executivo, Gabriel Ferreira.

O BV encerrou março com 5,5 milhões de clientes pessoas físicas, crescimento de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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