Ibovespa fecha em alta com alívio na curva de juros e balanços no radar
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, em meio ao alívio na curva futura de juros, enquanto GPA disparou 9,5% após o balanço do segundo trimestre mostrar prejuízo menor, queda no endividamento e avanço operacional.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,99%, a 127.513,88 pontos, tendo marcado 127.517,18 na máxima e 126.267,7 na mínima do dia. O volume financeiro movimentado no pregão somou cerca de 21 bilhões de reais.
A queda do dólar ante o real abriu espaço para o recuo nas taxas dos contratos de DI na B3, favorecendo principalmente as ações sensíveis a juros na bolsa paulista, que resistiu à piora no mercado acionário norte-americano à tarde.
Em Wall Street, o S&P 500 encerrou em baixa de 0,77%, após avançar 1,7% na máxima, conforme agentes financeiros continuam melindrados com riscos relacionados à economia norte-americana e monitorando a política monetária no Japão.
Uma bateria de balanços também ocupou as atenções no mercado brasileiro, entre eles os números de Itaú, Vibra e RD, com a agenda do final do dia e da quinta-feira também reservando uma bateria de resultados, incluindo Banco do Brasil e Petrobras.
DESTAQUES
- GPA ON saltou 8,42%, após reportar prejuízo líquido de operações continuadas menor no segundo trimestre, marcado por recorde na margem bruta e redução do endividamento. O presidente-executivo, Marcelo Pimentel, também afirmou em videoconferência sobre o balanço que as vendas dos supermercados da bandeira Pão de Açúcar sinalizam recuperação após um julho "médio".
- CVC BRASIL ON disparou 9,94%, beneficiada pela queda do dólar ante o real e alívio nas taxas dos DIs, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre, agenda para após o fechamento do mercado nesta quarta-feira. O índice do setor de consumo na B3 subiu 3,35%.
- LOCALIZA ON avançou 9%, tendo também no radar resultado da rival Movida, com lucro líquido ajustado de 80,1 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo apurado um ano antes, enquanto a receita líquida aumentou 38,6%. A Localiza reporta seu desempenho na próxima semana. MOVIDA ON, que não está no Ibovespa, saltou 16,83%.
- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 0,27%, após divulgar aumento de 15% no lucro líquido recorrente do segundo trimestre, com melhora na rentabilidade. Na véspera, as ações tinham avançado mais de 2%. O presidente-executivo, Milton Maluhy Filho, afirmou que é possível que o ROE siga acima de 20% e que, considerando as informações atuais, o banco "certamente" pagará dividendo extraordinário.
- BANCO DO BRASIL ON fechou em baixa de 1,31% antes da divulgação do balanço do segundo trimestre prevista para o final o dia.
- PETROBRAS PN cedeu 0,14%, mesmo com a forte alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent terminou transacionado com elevação de 2,42%. Agentes financeiros aguardam a divulgação do balanço da petrolífera na quinta-feira, após o fechamento do mercado, em especial a decisão envolvendo a distribuição dividendos pela estatal.
- VALE ON perdeu 0,19%, em meio a desempenho misto dos futuros do minério de ferro na Ásia, com o contrato mais negociado em Dalian, na China, fechando em baixa de 2,41%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura reagiu e registrou variação positiva de 0,63%.
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