Ibovespa recua com declínio de commodities; Azul dispara

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta terça-feira, pressionado pela queda de commodities como o minério de ferro e o petróleo no exterior, com Vale desabando mais de 3% e Petrobras caindo 1,6%, enquanto Azul disparava cerca de 20% após acordo com credores.

Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,89%, a 130.849,28 pontos. O volume financeiro somava 2,65 bilhões de reais.

No exterior, a China era um dos destaques no noticiário, com Pequim afirmando estar "totalmente confiante" em atingir sua meta de crescimento para o ano inteiro, mas sem adotar medidas fiscais mais vigorosas, o que decepcionou investidores.

"As expectativas foram elevadas, mas a entrega foi decepcionante", disse à Reuters o estrategista cambial Christopher Wong, da OCBC.

No Brasil, a equipe da XP chamou a atenção para a sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, afirmando que a expectativa é que sua aprovação para a presidência do Banco Central ocorra sem grandes obstáculos.

DESTAQUES

- AZUL PN saltava 19,65%, após a companhia aérea chegar a um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos que envolve troca de cerca de 3 bilhões de reais em obrigações de dívida por emissão de novas ações da empresa.

- VALE ON recuava 3,27%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho, na esteira do futuros do minério de ferro, com o contrato mais negociado em Dalian, na China, fechando o dia em queda de mais de 2%. CSN MINERAÇÃO ON perdia 4,46%.

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- PETROBRAS PN caía 1,64%, com petrolíferas em geral afetadas pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado em baixa de 2,78%, experimentando uma pausa no rali recente desencadeado pela tensão no Oriente Médio.

- COGNA ON subia 7,94%, entre as poucas altas do dia, tendo no radar relatório do Bradesco BBI elevando a recomendação dos papéis do grupo de educação para "compra", citando entre os argumentos expectativa de resultados positivos à frente. No setor, YDUQS ON ganhava 1,97%.

- INFRACOMMERCE ON, que não está no Ibovespa, disparava 6,25% após firmar acordo celebrado junto a bancos e credores para implementação de seu plano de reestruturação. A empresa também elegeu Mariano Oriozabala como novo presidente-executivo. Na máxima, subiu 25%.

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