Votação do pacote fiscal no Senado só depende da chegada do texto, diz Haddad após reunião com Pacheco

BRASÍLIA (Reuters) -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que teve uma reunião positiva com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira, acrescentando que a votação do pacote fiscal do governo na Casa depende apenas da chegada do texto após a votação na Câmara dos Deputados.

"(A reunião) foi excelente", disse em entrevista a jornalistas na chegada à Fazenda depois da reunião. "Só depende de chegar da Câmara para publicar e começar os trabalhos internos. Estão negociando com os líderes, acreditam que a redação que está sendo dada na Câmara contará com o apoio dos senadores. Estamos com a expectativa de votar tudo isso."

O ministro disse que Pacheco ainda vai definir os relatores das matérias -- compostas por um projeto de lei, um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição -- com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas que devem ser escolhidas "pessoas próximas" para fazer um relatório rápido, em razão do prazo apertado para a votação antes do recesso parlamentar.

Haddad disse acreditar que o texto que altera regras da aposentadoria de militares não deve ser votado nesta semana, mas afirmou que a votação da Lei Orçamentária Anual deve ser feita na sexta-feira.

Segundo Pacheco, a última sessão do Congresso Nacional antes do recesso parlamentar está marcada para a quinta-feira, mas o presidente já afirmou que não descarta a possibilidade de fazer sessões extras.

Haddad disse ainda que, no momento, o governo tem como prioridade a votação do pacote e não a reforma da renda, uma vez que, segundo ele, a matéria não entraria em vigor em 2025.

"Quando houve aquela confusão, nós estávamos focando na aprovação das medidas. Assim que elas estiverem promulgadas e sancionadas, a gente passa para a próxima etapa", afirmou.

(Por Victor Borges; edição de Isabel Versiani)

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