Governo do Japão nomeia acadêmica para diretoria do banco central

Por Makiko Yamazaki e Yoshifumi Takemoto e Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O governo japonês indicou nesta terça-feira Junko Koeda, uma acadêmica que alertou sobre o custo do afrouxamento monetário prolongado, para fazer parte da diretoria do Banco do Japão em março, uma escolha que, segundo analistas, vai manter o banco central no rumo certo para aumentar a taxa de juros.

Se aprovada pelo Parlamento, será a primeira vez que duas mulheres ocuparão assentos na diretoria de nove membros. Até agora, havia apenas uma mulher na diretoria, Junko Nakagawa, desde 2021.

A nomeação ocorre em um momento crítico para o Banco do Japão, que na semana passada elevou a taxa de juros para o nível mais alto desde a crise financeira global de 2008, considerando que o Japão está prestes a atingir sua meta de inflação de 2% de forma sustentável.

Acadêmica especializada em macroeconomia e finanças na Universidade Waseda do Japão, Koeda tem participado com frequência de painéis organizados pelo Banco do Japão para oferecer perspectivas sobre os efeitos da política monetária. Ela foi membro de um workshop do banco central em dezembro de 2023 que debateu os prós e contras das medidas anteriores de afrouxamento não convencional.

(Reportagem de Makiko Yamazaki, Yoshifumi Takemoto, Leika Kihara, Kentaro Sugiyama e Takaya Yamaguchi)

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