Moraes determina prisão preventiva de Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ordem de Moraes atende a parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que considerou que Léo Índio deixou o país em direção à Argentina sem autorização. Réu por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, ele disse, em vídeo nas redes sociais, estar há quase três semanas no país vizinho.
Segundo Moraes, o réu, tendo "plena ciência do cancelamento do seu passaporte, deliberadamente fugiu do Brasil, tendo ingressado na Argentina com o documento de identidade, em razão da desnecessidade de apresentação obrigatória de passaporte em países do Mercosul".
"O intuito do réu Leonardo Rodrigues de Jesus de fugir do distrito de culpa é corroborado pelo documento de permanência provisória juntado pela Defesa do acusado, no qual demonstra a obtenção de autorização para permanecer na Argentina até junho de 2025", disse.
"Dessa forma, a evidente fuga do distrito da culpa em virtude do recebimento da denúncia em face do réu, demonstra a legitimidade da imposição da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal", determinou o ministro do Supremo.
Léo Índio é filho de uma irmã de Rogéria Nantes, a primeira mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo. Não foi possível contactar a defesa dele.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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