Laboratório AstraZeneca dobrou seus lucros durante a pandemia
O laboratório britânico AstraZeneca anunciou nesta quinta-feira (11) que o seu lucro líquido em 2020 mais que dobrou em relação ao ano anterior, situando-se em US$ 3,2 bilhões. As vendas também aumentaram fortemente, em 9%, alcançando US$ 26,6 bilhões.
Em um ano marcado pela pandemia contra a qual o grupo farmacêutico desenvolveu uma vacina com a Universidade de Oxford, os resultados não chegam a ser uma surpresa. E isso apesar da queda na receita de outros produtos cuja distribuição aos pacientes foi retardada pelo surto de Covid-19, principalmente na área de oncologia, por conta de tratamentos adiados para dar prioridade aos atendimentos da novo coronavírus.
O laboratório também registrou uma forte demanda por produtos contra outras doenças geradas pelo vírus, como asma, por exemplo. Mas o grupo também teve um aumento em seus custos, principalmente logísticos, e de equipamentos em decorrência da pandemia.
"Os sucessos em nossos medicamentos em desenvolvimento, a aceleração de nosso desempenho comercial e o progresso da vacina contra a Covid-19 mostram o que podemos alcançar", comentou Pascal Soriot, diretor-geral do grupo. AstraZeneca lançou recentemente uma proposta de US$ 39 bilhões para a aquisição da Alexion, uma transação que "visa acelerar nosso desenvolvimento comercial e científico", lembrou Soriot.
A AstraZeneca prevê de 1% a 4% de aumento das vendas e lucro "acelerando" no próximo ano, mas ressalta que essas projeções não levam em consideração as vendas de vacinas contra o vírus, para as quais divulgará resultados a parte no próximo trimestre.
O laboratório prometeu acesso a 170 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em 190 países. O grupo lembra ter recebido, em dezembro, autorização emergencial para iniciar a distribuição de seu imunizante no Reino Unido, seguido por Índia, Argentina, México, Marrocos, além dos produtos encomendados pela agência europeia de medicamentos. AstraZeneca também enfatiza ter iniciado estudos de fase 3 para um medicamento baseado em anticorpos contra a Covid-19.
Sucesso apesar das polêmicas
O imunizante que é administrado atualmente rendeu ao laboratório elogios iniciais da comunidade internacional, que conta com as vacinas para tentar virar a página da pandemia. Mas atrasos nas entregas na Europa e dúvidas sobre sua eficácia em pessoas com mais de 65 anos geraram polêmica.
Além disso, no domingo (7), a África do Sul informou que um estudo mencionava a eficácia "limitada" dessa vacina contra a variante detectada no país, considerada mais contagiosa e em grande parte responsável pela segunda onda da epidemia na região. Contudo, na quarta-feira (10), um grupo de especialistas da OMS emitiu recomendações provisórias indicando que o imunizante é eficaz em pessoas idosas e também onde estão circulando variantes preocupantes do vírus.
(Com informações da AFP)
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