OAS se nega a entregar à Justiça cópias de contratos com Dirceu
Apontada pela Operação Lava-Jato como uma das empreiteiras integrantes de um cartel instalado na Petrobras, a construtora OAS informou à Justiça de Curitiba que decidiu não mais entregar à 13ª Vara Criminal cópias de contratos mantidos com a JD Assessoria e Consultoria, empresa que pertence ao ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu e ao irmão dele.
A JD comunicou recentemente o encerramento de suas atividades.
Os advogados da OAS sustentam que os documentos somente serão encaminhados se o juiz Sergio Moro, titular da Lava-Jato na primeira instância, não voltar a tomar "medidas pessoais injustas" contra executivos da empreiteira.
"Quanto ao restante das informações, tendo em vista a atitude pretérita desse juízo de determinar a apresentação delas e as utilizar para decretação injusta de prisão de particulares (...), a empresa se reserva o direito de não as apresentar a esse d. juízo, resguardado, sempre, o respeito que se devota ao Poder Judiciário".
A Operação Lava-Jato questiona a versão e informações apresentadas por Dirceu para justificar os pagamentos recebidos de empreiteiras investigadas por corrupção na estatal petrolífera.
A JD teve receitas brutas da ordem de R$ 39 milhões no período de 2006 a 2013. A suspeita dos investigadores é que a empresa tenha sido usada para lavagem de dinheiro. A defesa do ex-ministro na gestão Luiz Inácio Lula da Silva afirma que as suspeitas são infundadas e que Dirceu recebeu pagamentos por prestar consultoria internacional às empreiteiras.
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