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Confiança da indústria é a maior desde março de 2015, nota FGV

29/01/2016 09h01


Com estoques mais ajustados nas empresas, o pessimismo do setor industrial arrefeceu em janeiro, de acordo com sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV), que mostrou alta de 2,6 pontos no Índice de Confiança da Indústria (ICI). O indicador subiu de 75,4 em dezembro de 2015 para 78 pontos no primeiro mês deste ano, o maior nível desde março do calendário anterior. Na comparação com janeiro de 2015, porém, houve queda, de 9,4 pontos.

O aumento de confiança ocorreu em 12 dos 19 principais segmentos da pesquisa e em todos os seis quesitos do indicador. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,5 pontos, para 78,5 pontos, e o Índice de Expectativas (IE), 1,6 ponto, para 77,9 pontos.

"A alta mais expressiva do ICI em janeiro decorre principalmente de avanços no processo de normalização de estoques do setor, às custas da manutenção de níveis muito baixos de utilização da capacidade produtiva. Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este ajuste de estoques tem colaborado para reduzir o pessimismo, sugerindo um cenário de atenuação das taxas de queda da produção industrial nos próximos meses", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre.

De fato, a sondagem mostrou que a ociosidade da indústria foi recorde em janeiro. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 1,1 ponto percentual, para 73,9%, o menor nível da série histórica, iniciada em 2001.

Quanto à avaliação dos empresários sobre a situação atual, o destaque foi a melhora do indicador de nível de estoques, que passou de 121,6 pontos para 117,3 pontos entre o fim de 2015 e o início deste ano. Ainda longe de sinalizar equilíbrio, o indicador de estoques excessivos registrou o menor nível desde abril de 2015 (116,4 pontos). Houve diminuição da proporção de empresas com estoques excessivos e aumento da parcela de empresas com estoques insuficientes no mês.

O indicador de expectativas de produção para os três meses seguintes aumentou 2,8 pontos, para 80,2 pontos, a maior contribuição para a melhora as expectativas em janeiro.

A edição de janeiro de 2016 colheu informações de 1.126 empresas entre os dias 4 e 26 do mês.