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Dólar bate R$ 3,96 e tem máxima em uma semana

11/02/2016 10h06


O dólar sobe ante o real nesta quinta-feira e superou a marca de R$ 3,96, alcançando os maiores níveis em uma semana. A moeda americana é influenciada diretamente pelo clima de aversão a risco que impera no exterior, provocado por receios de que a economia global entre em uma fase de crescimento ainda mais baixo e recorra a juros cada vez menores.

O viés para os juros de diversos bancos centrais pelo mundo apenas reforça esse temor. O BC sueco cortou novamente sua taxa de juros, que ficou mais negativa. No fim de janeiro, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) reduziu as taxas de juros para abaixo de zero pela primeira vez em sua história.

Todo esse clima vem um dia depois de a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, admitir os riscos do aperto das condições financeiras sobre a economia americana.

Com isso, o dólar desaba ante o iene, chegando hoje a ser cotado a 110,963 ienes, mínima desde outubro de 2014. Em fevereiro, a moeda americana já cai 8,04% frente à japonesa.

Mas o dólar ganha força frente a divisas emergentes, consideradas bem mais vulneráveis a apertos nas condições financeiras globais. O peso mexicano, por exemplo, registrou hoje mínima recorde de 19,0903 por dólar, operando na casa de 19 pesos pela primeira vez.

No Brasil, às 10 horas, o dólar tinha alta de 0,64%, para R$ 3,9597, indo a R$ 3,9622 na máxima.

No mercado futuro, o dólar para março avançava 0,53%, a R$ 3,9745, alcançando R$ 3,9810 na máxima.

A moeda brasileira de alguma forma é amparada pelo elevado juro no Brasil, que contrasta com as taxas perto de zero em economias centrais e segue muito acima das praticadas em países emergentes concorrentes.