Câmara aprova texto base da reforma ministerial, mas adia conclusão
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, a Medida Provisória (MP) 696, editada pelo governo para reduzir de 39 para 31 o número de ministérios. Mas partidos da base pressionaram para que os destaques com alterações ao texto fossem votados na quinta-feira com o objetivo de discutir um acordo com mudanças na distribuição das secretarias e a conclusão da votação foi adiada.
Pressionada pela oposição e por parte da base aliada, a presidente Dilma Rousseff anunciou - ainda no ano passado - uma reforma ministerial que extinguiu pastas e fundiu outras numa tentativa de demonstrar de que o Executivo também está contribuindo para o ajuste fiscal.
Trabalho e Previdência Social, por exemplo, foram juntados. Em outro caso, o Ministério da Pesca foi incorporado em uma secretaria na pasta da Agricultura.
O corte não agradou oposicionistas. Adversários do Palácio do Planalto defenderam que a medida provisória deveria ser derrubada por ser uma "farsa". "Que reforma administrativa é essa? Não reduz cargos comissionados", afirmou Domingos Sávio (PSDB-MG). "O que o governo propôs é mais uma mentira. Apresentou uma MP que muda o nome de alguns cargos, mas que não enxuga a máquina pública", sustentou o deputado Rocha (PSDB-AC). Eles exigiam "uma reforma profunda".
Embora seja da base do governo, o líder do PR, Maurício Quintella Lessa (AL), afirmou que a população esperava uma redução maior da máquina pública, de cargos e de gastos públicos. "Essa MP veio de maneira muito tímida, muito aquém do que a população esperava", disse.
Com a redução de oito ministérios e outras medidas que ainda dependem de aprovação do Congresso, como o corte de três mil cargos comissionado, o governo espera economizar R$ 200 milhões por ano, segundo dados do Ministério do Planejamento.
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