Bancos e Usiminas lideram quedas do Ibovespa
O Ibovespa teve uma abertura volátil nesta quinta-feira, mas começa a consolidar um tom negativo. Às 11h13, o principal índice da BM&FBovespa caía 0,76%, para 41.312 pontos.
Investidores absorvem a notícia de rebaixamento na nota soberana do Brasil pela Standard & Poor's (S&P) ontem, no mesmo momento em que era divulgada a ata do Federal Reserve (Fed). O índice subiu na quarta-feira, a despeito da notícia ter saído cerca de uma hora e meia antes do fechamento do pregão, mas hoje opera na contramão do exterior. Operadores ressaltam que há uma dose de correção no mercado, já que o Ibovespa registrou uma sequência de quatro dias de alta, até ontem.
Pesam sobre o índice as ações de Usiminas (-5%) e dos bancos. Santander unit perde 3,63% e Itaú PN recua 2,86%.
Usiminas cai com correção, mas também sob o impacto de um balanço ruim. O prejuízo no quarto trimestre de 2015 cresceu nove vezes, para R$ 1,36 bilhão.
Os bancos recuam após terem suas notas também rebaixadas pela S&P. Um rebaixamento leva a um custo maior de refinanciamento e é negativo para os lucros, segundo o banco Julius Baer.
Vale, que abriu em alta, em linha com o bom humor externo, não resistiu e virou, a despeito da alta de 1,5% no minério na China. Vale PNA caía 1,86%. Mas uma ação do setor resiste: Gerdau PN ainda sobe 1,18%.
Petrobras é outro papel que consegue permanecer em alta. A PN subia 1,50% e a ON ganhava 1,77%. O petróleo segue em alta, de 2,6% nos Estados Unidos, na expectativa de que o Irã apoie o acordo de congelamento de produção já anunciado por outros países, apesar de Teerã ter indicado que não pretende seguir o mesmo caminho.
Oi ON segue a trajetória de alta iniciada ontem, com notícias de que o fundo Letterone poderá propor a capitalização de US$ 4 bilhões da operadora, mesmo sem a TIM. A ação hoje sobe 3,14%.
Segundo um gestor de uma instituição internacional, o rebaixamento do rating brasileiro pela S&P, em si, não deveria ser um direcionador para o Ibovespa, já que apenas reforça o ambiente desfavorável pelo qual a economia passa e que já foi absorvido pelo mercado.
Mas ele diz que o corte é importante de uma maneira simbólica. Mostra que o país não avançou na área fiscal desde o segundo semestre do ano passado, continua paralisado e que "a lição de casa não está sendo feita".
O Credit Suisse espera que a S&P rebaixe novamente o Brasil, no segundo semestre desse ano, para BB-. O banco diz, em relatório de ontem, que as previsões da agência de classificação de risco são muito otimistas, a despeito das revisões para baixo.
Por exemplo, a S&P espera que o Produto Interno Bruto (PIB) caia 3% este ano e suba 1% em 2017. "Em nossa visão, há uma chance elevada de que o PIB se contraia mais que isso em ambos os anos", diz a nota.
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