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Confiança melhora em março, mas ainda segue baixa entre as MPEs

04/04/2016 12h35

A confiança das micro e pequenas empresas (MPEs) na economia do país teve uma melhora relativa em março, mas continuou muita baixa, de acordo com indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O indicador atingiu os 43,15 pontos, acima dos 42,99 pontos de fevereiro, mas ainda segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.

Em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, disse que a perspectiva de que o impasse político tenha alcançado o ápice, com um desfecho próximo, animou os empresários, diz. "Eles consideram que, sem crise política, as medidas econômicas possam ter início de fato, dando mais segurança aos próprios empresários e aos consumidores e possibilitando a retomada do crescimento. A consolidação da confiança é uma condição necessária para que as empresas realizem investimentos e façam novas contratações", afirmou.

As expectativas ajudaram na melhora relativa do indicador de confiança das MPEs. O Indicador de Expectativas para os negócios subiu de 60,80 pontos em fevereiro para 62,19 em março. O resultado mostra que a maior parte dos empresários se diz relativamente confiante com sua empresa. Já o indicador de expectativas com a economia do país ficou em 49,92 pontos, levemente acima do observado em fevereiro, quando estava em 48,11 pontos. Com isso, o Indicador Geral de Expectativas registrou 56,06 pontos, ante os 54,45 pontos do mês anterior.

Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, 60,3% dos micro e pequenos empresários não têm perspectivas de que suas receitas cresçam e 35,3% acreditam que o faturamento irá crescer. Entre estes, 29,8% estão buscando novas estratégias de venda e 28,7% estão otimistas. Para os empresários que acreditam que o faturamento irá cair, a maioria (71,4%) diz que a crise econômica está afetando suas vendas.

Enquanto isso, a situação atual para as MPEs continua muito ruim: 62,5% consideram que as condições gerais de suas empresas pioraram nos últimos seis meses. Quanto à as condições gerais da economia, 82,5% afirmam que pioraram no último semestre.