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Dólar fecha em alta após dados fracos da Europa

05/04/2016 17h35

O dólar fechou em alta frente ao real pelo segundo pregão consecutivo, acompanhando o movimento no exterior. As incertezas no cenário político ajudaram a intensificar o movimento no mercado local, com os investidores adotando uma postura de maior cautela enquanto esperam a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

O dólar comercial subiu 1,93% encerrando próximo da máxima intradia a R$ 3,6832. Já o contrato futuro para maio avançava 1,60% cotado a R$ 3,707.

O mercado de câmbio local acompanhou a valorização da moeda americana frente às principais divisas emergentes em meio ao ambiente de maior aversão a risco, após dados econômicos fracos da Europa reforçarem a preocupação com o crescimento da economia mundial. Investidores adotaram uma postura mais cautelosa à espera da ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que será divulgada amanhã e poderá trazer novas sinalizações sobre os próximos passos do banco central americano.

No mercado local, a alta do dólar ainda foi intensificada pela atuação do Banco Central no câmbio. A autoridade monetária vendeu hoje todo o lote de 5.960 contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra futura de dólar, ofertado no leilão. O BC vem adotando uma posição discricionário na oferta de swap cambial reverso e há dúvida no mercado se ele realizará o leilão amanhã dada a forte alta do dólar nesta terça-feira.

A autoridade monetária segue renovando o lote de US$ 10,385 bilhões em contratos de swap cambial tradicional que vence em maio e renovou hoje mais 5.500 papéis. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deverá renovar apenas 50,31% do lote nesses contratos que vence mês que vem.

O mercado segue acompanhando o cenário político. O aumento das incertezas no cenário político tem levado os investidores a adotarem uma postura mais defensiva.

A votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo plenário da Câmara não deve passar do dia 19 de abril. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considera, contudo, antecipar a votação para o dia 17, um domingo, para intensificar a pressão popular sobre os deputados.

Há incerteza também em relação ao vice-presidente Michel Temer. Hoje o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello determinou que a Comissão Especial dos Deputados analise uma denúncia que pede o impeachment do vice-presidente Michel Temer (PMDB).