Sem atuação do BC, dólar fecha em queda influenciado por cena política
Sem as atuações do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar fechou em queda frente ao real nesta segunda-feira. O cenário político continua dominando os negócios no mercado local, com os investidores se voltando agora para a formação da equipe econômica em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer. Os nomes mais cotados para o ministério da Fazenda, o do ex-presidente do BC Henrique Meirelles e do senador tucano José Serra, são vistos como positivos pelos investidores, tendo ambos um perfil mais pró-mercado.
A expectativa de mudança de governo e de política econômica contribuiu para sustentar a queda da moeda americana frente ao real.
O dólar comercial caiu 0,64%, fechando a R$ 3,5468. Já o contrato futuro para maio recuava 0,73% para R$ 3,555.
Depois de vender todos os 20 mil contratos de swap cambial reverso ofertados no leilão na última sexta-feira, o BC ficou fora do mercado nesta segunda-feira e não fez nenhuma oferta de swaps.
Na avaliação de um gestor local, a ação reforça a leitura de o nível de R$ 3,50 vem sendo um piso para o dólar, com o BC intensificando as atuações quando a moeda americana rompe esse patamar.
Sem as atuações do BC, o mercado de câmbio seguiu influenciado pelo cenário político.
Hoje será instalada a comissão especial no Senado que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O cenário é amplamente desfavorável a Dilma: dos 21 integrantes, 14 são abertamente favoráveis não só à admissibilidade do processo, como já se posicionam pela saída definitiva da presidente.
Com o avanço do processo de impeachment, os investidores se voltam a formação da equipe econômica em um possível governo de Michel Temer.
Entre os cotados para assumir a Fazenda estão o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o senador José Serra (PSDB-SP). Temer se encontrou com ambos no sábado, mas nenhum convite oficial foi feito.
Para Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores, ambos os nomes têm um perfil mais pró-mercado, capazes de promover a mudança ma matriz macroeconômica adotada pelo atual governo Dilma e adotar uma política fiscal mais austera.
Para analistas, o senador tucano tem a vantagem de ter um trânsito melhor no Congresso, o que facilitaria a aprovação das medidas de ajuste fiscal.
Em relação ao câmbio, o senador chegou a se posicionar, em pronunciamento no Senado em agosto do ano passado, contrário ao estoque de swaps cambiais tradicionais, destacando o seu alto custo fiscal. No lugar dos swaps, o senador defendeu o uso das reservas internacionais para conter eventuais volatilidades no mercado. "O Serra deve deixar o câmbio livre, e já mostrou que é a favor da desvalorização da moeda", lembra um gestor local.
Para o gestor, se assumir a Fazenda, o senador tucano pode manter a estratégia ou até mesmo acelerar a redução do estoque de swaps cambiais tradicionais, que soma US$ 72,653 bilhões.
Lá fora, o dólar subiu frente às moedas emergentes, com o preço do petróleo voltando a fechar em baixa com sinais de elevação da oferta.
Investidores adotam maior cautela á espera da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sobre a política monetária nos Estados Unidos, na próxima quarta-feira.
A expectativa de mudança de governo e de política econômica contribuiu para sustentar a queda da moeda americana frente ao real.
O dólar comercial caiu 0,64%, fechando a R$ 3,5468. Já o contrato futuro para maio recuava 0,73% para R$ 3,555.
Depois de vender todos os 20 mil contratos de swap cambial reverso ofertados no leilão na última sexta-feira, o BC ficou fora do mercado nesta segunda-feira e não fez nenhuma oferta de swaps.
Na avaliação de um gestor local, a ação reforça a leitura de o nível de R$ 3,50 vem sendo um piso para o dólar, com o BC intensificando as atuações quando a moeda americana rompe esse patamar.
Sem as atuações do BC, o mercado de câmbio seguiu influenciado pelo cenário político.
Hoje será instalada a comissão especial no Senado que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O cenário é amplamente desfavorável a Dilma: dos 21 integrantes, 14 são abertamente favoráveis não só à admissibilidade do processo, como já se posicionam pela saída definitiva da presidente.
Com o avanço do processo de impeachment, os investidores se voltam a formação da equipe econômica em um possível governo de Michel Temer.
Entre os cotados para assumir a Fazenda estão o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o senador José Serra (PSDB-SP). Temer se encontrou com ambos no sábado, mas nenhum convite oficial foi feito.
Para Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores, ambos os nomes têm um perfil mais pró-mercado, capazes de promover a mudança ma matriz macroeconômica adotada pelo atual governo Dilma e adotar uma política fiscal mais austera.
Para analistas, o senador tucano tem a vantagem de ter um trânsito melhor no Congresso, o que facilitaria a aprovação das medidas de ajuste fiscal.
Em relação ao câmbio, o senador chegou a se posicionar, em pronunciamento no Senado em agosto do ano passado, contrário ao estoque de swaps cambiais tradicionais, destacando o seu alto custo fiscal. No lugar dos swaps, o senador defendeu o uso das reservas internacionais para conter eventuais volatilidades no mercado. "O Serra deve deixar o câmbio livre, e já mostrou que é a favor da desvalorização da moeda", lembra um gestor local.
Para o gestor, se assumir a Fazenda, o senador tucano pode manter a estratégia ou até mesmo acelerar a redução do estoque de swaps cambiais tradicionais, que soma US$ 72,653 bilhões.
Lá fora, o dólar subiu frente às moedas emergentes, com o preço do petróleo voltando a fechar em baixa com sinais de elevação da oferta.
Investidores adotam maior cautela á espera da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sobre a política monetária nos Estados Unidos, na próxima quarta-feira.
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