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Governo envia ofícios à CVM com esclarecimentos sobre venda de ativos

16/05/2016 17h20

O governo encaminhou nesta segunda-feira ofícios à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à BM&FBovespa relativos a informações que circularam no último final de semana sobre um suposto plano de venda em massa de ativos federais.

Segundo apurou o Valor, a iniciativa partiu do próprio governo, que quer evitar punições pelo vazamento de informações que tenham forte influência no mercado. O caso mais complicado é o da Eletrobras, que tem ações em negociação no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo reportagem do jornal "O Globo", o governo está disposto a se desfazer de centenas de participações da estatal em empresas e sociedades de propósito específico. "A Eletrobras vai ter problemas com a CVM", alertou uma autoridade que acompanha o tema.

Uma eventual privatização da Infraero também tem potencial para causar alvoroço no mercado, pois apesar de a estatal não ter ações negociadas em bolsa, a informação sobre sua venda pode influenciar o valor dos ativos de empresas do setor aéreo e concessionárias de aeroportos, entre outras.

Nos ofícios, o Ministério do Planejamento esclarece à CVM que todas as áreas do governo detentoras de informação que possa ser considerada um fato relevante são previamente orientadas sobre as consequências de seu vazamento.

Oficialmente, os integrantes do novo governo não confirmam a intenção de vender ativos, mas sim de fazer parcerias com o setor privado. Logo que assumiu, o presidente interno Michel Temer criou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).