BIS: Calotes vão pesar em bancos de países emergentes em 2016
Com a recessão, bancos brasileiros registraram, em 2015, o segundo maior volume de provisões para perdas com empréstimos em relação ao total de seus ativos, entre os 16 maiores sistemas financeiros, mostra o Banco Internacional de Compensações (BIS).
Para o BIS, a perspectiva é de que em 2016 o aumento de empréstimos inadimplentes ("non-performing loans" ou NPL), em meio às fracas perspectivas econômicas globais, deverá continuar pesando no desempenho dos bancos de economias emergentes.
As instituições mais vulneráveis são as de países como a China e do sudeste asiático, onde o ?boom' financeiro se reverteu, ou onde bancos têm grande exposição a setores de commodities e de energia, segundo o BIS.
A inadimplência e outras medidas de riscos de perdas em alguns grandes emergentes já mostram piora, exigindo das instituições aumento de suas provisões para essas situações, diz a instituição sediada na Basileia, Suíça.
Para o BIS, manter a lucratividade vai exigir dos bancos que identifiquem excesso de capacidade e diminuam custos, e, ao mesmo tempo, necessidade de colher ganhos de eficiência com inovação tecnológica.
Especialmente nos países que foram mais atingidos pela crise iniciada em 2008, a instituição sugere reformas nos seus bancos, com corte de dividendos ou injeção de mais capital, e não exclui mais fusões para reduzir o excesso de capacidade.
Em 2015, as provisões para perdas com empréstimos em bancos brasileiros alcançou 1,62% de seus ativos totais, comparado a 1,15% em 2014. Só na Russia esse percentual foi maior, passando de 1,63% para 1,73%.
Nos mercados desenvolvidos, o maior percentual de provisões foi na Itália, com 0,52%, ainda ssim menor do que 0,96% no ano anterior.
A receita líquida com juros no Brasil, que é a principal fonte de receita para muitos bancos, passou de 2,97% dos ativos totais para 2,09% em 2015. A baixa foi de 1,99 ponto percentual comparado ao período de 2009 a 2012.
Apesar de também terem registrado queda, o resultado é melhor que o brasileiro em instituições da Rússia (2,98%), Índia (2,76%), China (2,30%) e Estados Unidos (2,24%).
Já os ganhos de bancos brasileiros com "securities" (ações, títulos, opções, futuros, ?warrants' e outros certificados) aumentaram de 1,06% para 1,37% dos ativos totais. Foi o maior percentual entre os sistemas bancários pesquisados. Em segundo lugar vem a Índia, com 0,48%, e depois a França, com 0,44%.
No total, os bancos brasileiros, que tinham registrado o maior lucro líquido entre os grandes emergentes em 2014, tiveram baixa em 2015. O lucro líquido passou de 1,68% do total dos ativos em 2014 para 0,67% no período. Comparado ao período de 2009 a 2012, a redução foi de 1,48 ponto percentual.
Os bancos chineses também tiveram queda no lucro líquido, mas agora lideram o segmento dos emergentes com ganho de 1,50% dos ativos totais. Entre os desenvolvidos, os bancos dos Estados Unidos, onde a economia vem crescendo, aumentaram o lucro líquido de 1,09% para 1,35%.
Para o BIS, a perspectiva é de que em 2016 o aumento de empréstimos inadimplentes ("non-performing loans" ou NPL), em meio às fracas perspectivas econômicas globais, deverá continuar pesando no desempenho dos bancos de economias emergentes.
As instituições mais vulneráveis são as de países como a China e do sudeste asiático, onde o ?boom' financeiro se reverteu, ou onde bancos têm grande exposição a setores de commodities e de energia, segundo o BIS.
A inadimplência e outras medidas de riscos de perdas em alguns grandes emergentes já mostram piora, exigindo das instituições aumento de suas provisões para essas situações, diz a instituição sediada na Basileia, Suíça.
Para o BIS, manter a lucratividade vai exigir dos bancos que identifiquem excesso de capacidade e diminuam custos, e, ao mesmo tempo, necessidade de colher ganhos de eficiência com inovação tecnológica.
Especialmente nos países que foram mais atingidos pela crise iniciada em 2008, a instituição sugere reformas nos seus bancos, com corte de dividendos ou injeção de mais capital, e não exclui mais fusões para reduzir o excesso de capacidade.
Em 2015, as provisões para perdas com empréstimos em bancos brasileiros alcançou 1,62% de seus ativos totais, comparado a 1,15% em 2014. Só na Russia esse percentual foi maior, passando de 1,63% para 1,73%.
Nos mercados desenvolvidos, o maior percentual de provisões foi na Itália, com 0,52%, ainda ssim menor do que 0,96% no ano anterior.
A receita líquida com juros no Brasil, que é a principal fonte de receita para muitos bancos, passou de 2,97% dos ativos totais para 2,09% em 2015. A baixa foi de 1,99 ponto percentual comparado ao período de 2009 a 2012.
Apesar de também terem registrado queda, o resultado é melhor que o brasileiro em instituições da Rússia (2,98%), Índia (2,76%), China (2,30%) e Estados Unidos (2,24%).
Já os ganhos de bancos brasileiros com "securities" (ações, títulos, opções, futuros, ?warrants' e outros certificados) aumentaram de 1,06% para 1,37% dos ativos totais. Foi o maior percentual entre os sistemas bancários pesquisados. Em segundo lugar vem a Índia, com 0,48%, e depois a França, com 0,44%.
No total, os bancos brasileiros, que tinham registrado o maior lucro líquido entre os grandes emergentes em 2014, tiveram baixa em 2015. O lucro líquido passou de 1,68% do total dos ativos em 2014 para 0,67% no período. Comparado ao período de 2009 a 2012, a redução foi de 1,48 ponto percentual.
Os bancos chineses também tiveram queda no lucro líquido, mas agora lideram o segmento dos emergentes com ganho de 1,50% dos ativos totais. Entre os desenvolvidos, os bancos dos Estados Unidos, onde a economia vem crescendo, aumentaram o lucro líquido de 1,09% para 1,35%.
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