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Juros futuros mais longos têm leve queda e os de curto prazo sobem

16/08/2016 19h41

O dia foi novamente de queda leve dos juros mais longos e de algum ajuste para cima das taxas de curto prazo. Mas o movimento é incapaz de tirar as taxas da região na qual se encontram há semanas, numa demonstração que investidores estão hesitantes em ampliar exposição enquanto não se define o cenário político local.

As taxas dos DIs mais longos vêm orbitando perto dos 11,90% há dias, mas escorregaram levemente nas últimos sessões seguindo o ambiente internacional. Porém, para que haja uma queda mais consistente, dizem, é preciso que surjam novidades, especialmente do lado doméstico.

A espera pela definição do impeachment e do avanço do ajuste fiscal é o principal elemento a travar os negócios. E, hoje, o mercado também colocou o pé no freio à espera pela ata do Fed de quarta-feira, que pode gerar alguma volatilidade nos preços.

Além disso, o início do ciclo de alívio monetário é necessário para que movimentações mais expressivas aconteçam no mercado de prefixados. As recentes declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn - de que o BC monitora um conjunto de modelos e variáveis para definir o rumo dos juros -, reforçaram a ideia de que o ciclo de alívio monetário poderá começar a partir de outubro. Mas isso depende do encaminhamento do ajuste fiscal e, antes disso, do encerramento do processo de impeachment. "Até lá, o mercado vai reagir ao exterior, mas sem assumir grandes posições, o que explica o volume limitado de negócios", define um especialista.

O leilão de NTN-B de hoje, no qual o Tesouro não vendeu a oferta integral, ilustra bem esse momento. As taxas pagas caíram em relação à oferta anterior. Mas o volume vendido ficou aquém do ofertado, e foi menor do que o observado no leilão anterior.

O Tesouro vendeu 15.100 títulos com vencimento em 2055 à taxa de 5,65%, abaixo do retorno de 5,76% pago no leilão do dia 2 de agosto. Mas, na ocasião, foram vendidos 134.200 unidades e, hoje, apenas 15.100. Já no caso do papel para maio de 2035, o Tesouro pagou 5,67%, ante 5,87% na operação anterior. Hoje, o Tesouro vendeu 112.850 títulos desse vencimento, abaixo dos 142.600 unidades vendidas no leilão do começo de agosto.

No fechamento do pregão regular, o DI janeiro/2021 era negociado a 11,85%, ante 11,86% no ajuste de ontem. O DI janeiro/2019 era negociado a 12,11%, ante 12,08%; e DI janeiro/2018 operava a 12,70%, de 12,65%.