Dólar sobe pelo 5º pregão com exterior e intervenções do BC
O dólar subiu pelo quinto pregão consecutivo frente ao real nesta quarta-feira, alcançando os maiores patamares em duas semanas. A moeda se manteve em alta ao longo de toda a sessão, marcada pela apreensão do mercado antes da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, BC americano) e intervenções do Banco Central.
No fechamento, o dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,56%, a R$ 3,2100 - máxima de encerramento desde 3 de agosto (R$ 3,2398). No pico do dia, a cotação foi a R$ 3,2349, maior patamar intradia desde o último dia 4 (R$ 3,2376).
Nas cinco altas consecutivas, o dólar se valorizou 2,51%. A série de ganhos se iguala à vista entre 1º e 7 de julho, quando a moeda avançou 4,75%. Foi nesse período que o BC voltou a intervir no mercado cambial por meio de ofertas de swaps cambiais reversos.
Entre 5 e 16 de fevereiro, a moeda teve seis dias seguidos de valorização, acumulado alta de 4,47%.
A cotação bateu a máxima do dia logo após a divulgação da ata do Fed, mas, seguindo o exterior, devolveu parte dos ganhos em seguida. No documento, o comitê de política monetária do Fed disse que "alguns membros" avaliaram que as condições econômicas vão "em breve garantir outro passo para remover a política monetária acomodatícia". Por outro lado, "vários membros" quiseram esperar por mais confiança na inflação antes de nova alta de juros e que mais dados são necessários antes disso. A maioria dos integrantes também vê baixos riscos inflacionários vindos dos ganhos no mercado de trabalho.
Ainda que tenha fechado longe das mínimas, o real ainda caiu mais aqui do que outras divisas emergentes. Enquanto o peso mexicano reduziu as perdas ao longo da tarde, a lira turca e o rand sul-africano anularam a queda e passaram a subir.
A "underperformance" da moeda brasileira vem desde a quinta-feira passada, primeiro dia em que o Banco Central promovou uma oferta maior de swaps cambiais reversos. Nesse dia, o BC passou a ofertar US$ 750 milhões em swaps cambiais reversos, 50% a mais do que vinha disponibilizando desde 1º de julho, quando retormou essas operações.
Desde então, o real já perdeu 2,45%. No mesmo intervalo, o peso mexicano ganhou 1,59%, a lira turca avançou 1,16%, o rublo russo teve alta de 1,39%, e o rand sul-africano caiu 0,89%.
Para o gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, Roberto Campos, o reforço da intervenção gerou debate no mercado sobre se a ação foi de fato mais apropriada, uma vez que há riscos à frente à contínua queda do dólar. Por outro lado, a atuação ainda é vista como "parcimoniosa" e não se descarta que o BC possa voltar a ofertar apenas US$ 500 milhões.
"Quando o dólar se aproximou de R$ 3,40 em julho o BC não atuou no dia seguinte. Não sei se essa régua baixou, mas não seria improvável o BC diminuir o ritmo de swap se o dólar voltar a subir em série", diz o gestor.
No fechamento, o dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,56%, a R$ 3,2100 - máxima de encerramento desde 3 de agosto (R$ 3,2398). No pico do dia, a cotação foi a R$ 3,2349, maior patamar intradia desde o último dia 4 (R$ 3,2376).
Nas cinco altas consecutivas, o dólar se valorizou 2,51%. A série de ganhos se iguala à vista entre 1º e 7 de julho, quando a moeda avançou 4,75%. Foi nesse período que o BC voltou a intervir no mercado cambial por meio de ofertas de swaps cambiais reversos.
Entre 5 e 16 de fevereiro, a moeda teve seis dias seguidos de valorização, acumulado alta de 4,47%.
A cotação bateu a máxima do dia logo após a divulgação da ata do Fed, mas, seguindo o exterior, devolveu parte dos ganhos em seguida. No documento, o comitê de política monetária do Fed disse que "alguns membros" avaliaram que as condições econômicas vão "em breve garantir outro passo para remover a política monetária acomodatícia". Por outro lado, "vários membros" quiseram esperar por mais confiança na inflação antes de nova alta de juros e que mais dados são necessários antes disso. A maioria dos integrantes também vê baixos riscos inflacionários vindos dos ganhos no mercado de trabalho.
Ainda que tenha fechado longe das mínimas, o real ainda caiu mais aqui do que outras divisas emergentes. Enquanto o peso mexicano reduziu as perdas ao longo da tarde, a lira turca e o rand sul-africano anularam a queda e passaram a subir.
A "underperformance" da moeda brasileira vem desde a quinta-feira passada, primeiro dia em que o Banco Central promovou uma oferta maior de swaps cambiais reversos. Nesse dia, o BC passou a ofertar US$ 750 milhões em swaps cambiais reversos, 50% a mais do que vinha disponibilizando desde 1º de julho, quando retormou essas operações.
Desde então, o real já perdeu 2,45%. No mesmo intervalo, o peso mexicano ganhou 1,59%, a lira turca avançou 1,16%, o rublo russo teve alta de 1,39%, e o rand sul-africano caiu 0,89%.
Para o gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, Roberto Campos, o reforço da intervenção gerou debate no mercado sobre se a ação foi de fato mais apropriada, uma vez que há riscos à frente à contínua queda do dólar. Por outro lado, a atuação ainda é vista como "parcimoniosa" e não se descarta que o BC possa voltar a ofertar apenas US$ 500 milhões.
"Quando o dólar se aproximou de R$ 3,40 em julho o BC não atuou no dia seguinte. Não sei se essa régua baixou, mas não seria improvável o BC diminuir o ritmo de swap se o dólar voltar a subir em série", diz o gestor.
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