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Dólar tem leve queda e Ibovespa sobe com busca por ativos de risco

26/08/2016 13h21

Os mercados financeiros nacionais operam em um ritmo moderadamente positivo, depois de discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen. Ela confirmou que o momento do aumento dos juros americanos está se aproximando, mas não se comprometeu com prazos. Isso manteve a janela favorável a ativos de risco aberta por mais algum tempo, beneficiando mercados emergentes como o Brasil. Assim, o Ibovespa registra pequena alta, enquanto o dólar e os juros futuros estão em leve queda.

Câmbio

O dólar opera em baixa ante o real, seguindo o movimento externo, diante da leitura de que o banco central dos EUA não elevará os juros já no próximo mês. Às 13h06, o dólar comercial caía 0,34%, a R$ 3,2190, após mínima de R$ 3,1894.

No exterior, o dólar caía 0,3% ante o peso mexicano, 0,6% frente ao rand sul-africano e oscilava em torno da estabilidade contra a lira turca.

De forma geral, contudo, as declarações de Yellen não chegaram a mudar substancialmente o cenário com o qual o mercado já trabalha: possibilidade de alta gradual, mas não agora, dos juros nos EUA, em um cenário de crescimento constante, mas sem exageros, e inflação ainda baixa. Com isso, o dólar já saiu das mínimas em relação a algumas moedas emergentes.

Bolsa

O Ibovespa ampliou os ganhos após o discurso de Janet Yellen, mas já moderou a alta. Às 13h09, o indicador avançava 0,19%, para 57.829 pontos.

Para o economista-chefe da A2A Asset INVX, Eduardo Velho, a interpretação do mercado é de que Yellen vai postergar a alta de juros para depois das eleições nos Estados Unidos, mas que a alta virá.

Ele comenta que os ganhos do mercado de ações também mostram ajuste de perspectivas, já que os investidores foram levados por integrantes do Federal Reserve nos últimos dias a acreditar que a alta de juros poderia ser adiantada.

O destaque de alta são ações de mineração e siderurgia, lideradas por Usiminas PNA (3,57%). Na manhã de hoje, os sócios que fazem parte do bloco de controle da Usiminas afirmaram, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não têm, até o momento, nenhuma decisão a respeito de uma possível divisão da siderúrgica - pois nenhuma proposta nesse sentido teria sido encaminhada.

Juros

Embora o discurso de Yellen tenha promovido uma leve recuperação dos ativos, o movimento não apresenta qualquer dose de euforia: as taxas cederam, mas seguem muito perto dos níveis recentes.

"Segue o jogo", define um operador. Essa leitura fez o DI janeiro/2021 ceder para 11,94%, ante 11,99% do ajuste de ontem. Nível muito próximo do observado nas últimas sessões. Já o DI janeiro/2019 era negociado a 12,15%, ante 12,17%, e DI janeiro/2018 tinha taxa de 12,71%, de 12,73%.

A queda da taxa acompanha o movimento do yield da T-note de 10 anos, que cedeu para 1,549%, depois de tocar a máxima de 1,599% logo no início da fala de Yellen, e a mínima de 1,531%.