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Petrobras e expectativas com ajuste fiscal puxam Bovespa

06/10/2016 17h50

O Ibovespa teve mais um dia de alta e subiu 0,65%, para 60.644 pontos. Alta do petróleo, notícias positivas para a Petrobras e expectativas em relação ao ajuste fiscal sustentaram o ganho, a despeito do comportamento apático dos EUA.

Petrobras ON liderou as altas do Ibovespa e subiu 4,35%, para R$ 16,80. Petrobras PN ganhou 3,57%, para R$ 15,10. Os papéis movimentaram R$ 1,350 bilhão, ou 23,5% do giro do índice, que foi de R$ 5,7 bilhões. No mercado de petróleo, o WTI para novembro avançou 1,2%, a US$ 50,44 por barril na Nymex. O mercado reage também ao resultado da votação do projeto do pré-sal, que foi aprovado na Câmara dos Deputados por 292 votos a favor e 101 contra.

Com as altas de hoje, tanto as ações PN quanto as ON atingem os maiores níveis em dois anos. A ação PN fechou no maior nível desde 31 de outubro de 2014, a R$ 15,28, e a ON encerrou no maior patamar desde 20 de outubro de 2014, a R$ 17,12.

No ano, Petrobras PN sobe 125% e a ON ganha 96%. As ações da Petrobras ganham com os preços do petróleo, que se recuperam, mas também com expectativa de venda de ativos, melhora na gestão, mudanças no modelo de partilha do pré-sal e redução da alavancagem, dizem operadores.

A melhora do ambiente interno também puxa o Ibovespa, comenta o estrategista da XP Investimentos, Celson Plácido. A votação da partilha do pré-sal, diz, mostrou apoio da base aliada ao governo de Michel Temer. A expectativa de aprovação da PEC dos Gastos também ajuda o Ibovespa, disse. Segundo Plácido, seu call em Petrobras está mais ligado a mudanças de gestão do que ao petróleo. Essa melhora do ambiente interno também atinge BB ON, que subiu 3,13%.

As ações da Embraer fecharam em alta de 2,4%. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, informou ao presidente Michel Temer que a sucateada aviação militar de seu país gostaria muito de comprar 24 Super Tucanos, de ataque leve e vigilância, fabricados pela Embraer. Além disso, o J.P.Morgan iniciou a cobertura dos ADRs da empresa com recomendação de compra.

Do outro lado, JBS caiu 2,57%, depois de ter disparado ontem, e Usiminas PNA caiu 1,88%. Ontem, saiu a notícia de que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais decidiu anular a eleição de Sérgio Leite de Andrade para presidente da Usiminas, sob alegação de que essa eleição teria lesado o acordo de acionistas, já que não houve consenso prévio à reunião do colegiado sobre a nova diretoria executiva.

As ações da CCR recuaram 1,67%. O Valor informa hoje que a CCR descarta devolver concessões, apesar de enfrentar problemas. O presidente da empresa, Renato Vale, disse que a CCR está em dia com as obrigações financeiras e operacionais. Mas o grupo, que nasceu no ramo de concessões rodoviárias em 1999 e expandiu o portfólio em outros modais, também enfrenta dificuldades em alguns de seus principais negócios. Vale cita licenças ambientais descontínuas, redução de financiamento do BNDES e descumprimento de prazos da Infraero.

Fora do Ibovespa, as ações da Magnesita lideraram os ganhos da bolsa, com alta de 14,7%, após a fabricante de produtos refratários anunciar, na noite de ontem, a fusão com a austríaca RHI. Da união, surge uma nova companhia, a RHI Magnesita, que será líder mundial da atividade, com receita anual de cerca de 2,7 bilhões de euros (R$ 9,8 bilhões). Pelo acordo, a RHI vai comprar no mínimo 46% e no máximo 50% mais uma ação do capital votante da Magnesita.