Juros recuam refletindo eleição e melhora do cenário externo
Os juros futuros caíram no último pregão de outubro, com o resultado das eleições municipais confirmando a expectativa do mercado de um fortalecimento dos partidos aliados do governo, o que reforça a perspectiva de que ele terá capacidade para continuar avançando na aprovação das medidas de ajuste fiscal.
O Valor reporta hoje que, passadas as eleições, o governo está mais confortável em abrir a discussão sobre a Reforma da Previdência, com o presidente Michel Temer querendo enviar a proposta de emenda constitucional à Câmara ainda em novembro.
Além disso, a melhora do cenário externo para ativos de risco também contribuiu para o recuo da parte longa da curva de juros.
O DI para janeiro de 2018 caiu de 12,22% para 12,21% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 11,54% para 11,53%. Já o janeiro de 2021 caiu de 11,33% para 11,32%.
A curva de DI embute 76% de probabilidade de corte de 0,25 ponto da Selic no mês que vem.
Em reunião trimestral com economistas em São Paulo para coletar informações para a elaboração do Relatório Trimestral e Inflação (RTI), que será divulgado em dezembro, o diretor de Política Econômica, Carlos Viana, e o diretor de Assuntos Internacionais, Thiago Berriel, afirmaram que o Banco Central não está preocupado em interferir em movimentos de curto prazo da curva de juros e só deve se pronunciar por meios oficiais ou por meio de entrevistas, afirma uma fonte que participou do encontro realizado pela manhã.
O diretor de Política Econômica esclareceu, segundo o relato da fonte, que o fato do BC ter destacado na ata a evolução da inflação de serviços como um dos elementos a serem observados para decidir sobre o ritmo do ciclo de afrouxamento monetário não quer dizer que apenas a queda desses preços vai ser determinante para acelerar o corte de juros, destacando que o BC está olhando o cenário como um todo.
O diretor de Assuntos Internacionais complementou que o BC está olhando para a inflação na meta e um nível de inflação de serviços mais baixo.
Em relação ao ritmo de avanço do ajuste fiscal, Berriel destacou que a redução das incertezas não acontece "pari passu" com a aprovação das medidas no Congresso e que o BC está olhando para as reformas em geral e que aprovação de apenas uma medida não é condição para acelerar o ritmo de corte da Selic.
Na visão dos economistas que participaram da reunião, a inflação de serviços deve voltar a desacelerar dado o cenário de recuperação lenta da atividade, embora alguns considerem que ela ainda está em um nível elevado e que há riscos envolvidos que justificam a cautela do BC.
De forma geral, a reunião com os economistas, segundo um participante, não alterou a visão dos economistas de que o BC deve adotar uma postura cautelosa neste início de ciclo sinalizada na ata da última reunião do Copom.
O Valor reporta hoje que, passadas as eleições, o governo está mais confortável em abrir a discussão sobre a Reforma da Previdência, com o presidente Michel Temer querendo enviar a proposta de emenda constitucional à Câmara ainda em novembro.
Além disso, a melhora do cenário externo para ativos de risco também contribuiu para o recuo da parte longa da curva de juros.
O DI para janeiro de 2018 caiu de 12,22% para 12,21% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 11,54% para 11,53%. Já o janeiro de 2021 caiu de 11,33% para 11,32%.
A curva de DI embute 76% de probabilidade de corte de 0,25 ponto da Selic no mês que vem.
Em reunião trimestral com economistas em São Paulo para coletar informações para a elaboração do Relatório Trimestral e Inflação (RTI), que será divulgado em dezembro, o diretor de Política Econômica, Carlos Viana, e o diretor de Assuntos Internacionais, Thiago Berriel, afirmaram que o Banco Central não está preocupado em interferir em movimentos de curto prazo da curva de juros e só deve se pronunciar por meios oficiais ou por meio de entrevistas, afirma uma fonte que participou do encontro realizado pela manhã.
O diretor de Política Econômica esclareceu, segundo o relato da fonte, que o fato do BC ter destacado na ata a evolução da inflação de serviços como um dos elementos a serem observados para decidir sobre o ritmo do ciclo de afrouxamento monetário não quer dizer que apenas a queda desses preços vai ser determinante para acelerar o corte de juros, destacando que o BC está olhando o cenário como um todo.
O diretor de Assuntos Internacionais complementou que o BC está olhando para a inflação na meta e um nível de inflação de serviços mais baixo.
Em relação ao ritmo de avanço do ajuste fiscal, Berriel destacou que a redução das incertezas não acontece "pari passu" com a aprovação das medidas no Congresso e que o BC está olhando para as reformas em geral e que aprovação de apenas uma medida não é condição para acelerar o ritmo de corte da Selic.
Na visão dos economistas que participaram da reunião, a inflação de serviços deve voltar a desacelerar dado o cenário de recuperação lenta da atividade, embora alguns considerem que ela ainda está em um nível elevado e que há riscos envolvidos que justificam a cautela do BC.
De forma geral, a reunião com os economistas, segundo um participante, não alterou a visão dos economistas de que o BC deve adotar uma postura cautelosa neste início de ciclo sinalizada na ata da última reunião do Copom.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.