Ibovespa supera estresse pós-Fed e fecha em leve alta nesta quinta
A tendência para o mercado de ações brasileiro em 2017 segue positiva, a despeito da sinalização do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) de mais altas de juros no ano que vem. Segundo analistas, o estresse causado pela mudança de perspectiva é passageiro. Uma provável recuperação da economia americana, queda de juros no Brasil e a aprovação de reformas devem garantir um ano melhor para a Bovespa.
O Ibovespa caiu 1,8% ontem, afetado pelo Fed, e abriu hoje também em queda. Mas o mercado foi se recuperando ao longo do dia e o índice fechou em alta de 0,32%, para 58.396 pontos. As maiores elevações do dia foram de papéis de commodities metálicas, setor que pode ganhar na bolsa no médio prazo. Subiram Gerdau Metalúrgica PN (8,8%), Usiminas PNA (5,19%), Gerdau PN (5,05%), Bradespar PN (4,10%) e CSN (3,02%). Vale PNA ganhou 1,79%.
O minério de ferro no porto chinês de Qingdao avançou 2,93%, para US$ 81,50. Mas, além desse ganho, Alexandre Póvoa, sócio da Canepa Gestora de Recursos, diz que o quadro no médio prazo é positivo para as commodities, o que pode garantir mais fôlego para ações desses setores na Bovespa. Papéis de mineradoras, siderúrgicas e de papel e celulose podem continuar subindo. Ações da economia local devem ficar para trás, ao menos enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) não mostrar sinais de recuperação.
Segundo ele, o cenário de curto prazo fica muito nebuloso após a sinalização de mais altas que o esperado dos juros americanos e é ruim para os emergentes. Mas, no longo prazo, os efeitos podem ser positivos. Caso se consolide a perspectiva de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, investirá em infraestrutura, reduzirá impostos e elevará gastos fiscais - mas sem ser muito firme em suas promessas de protecionismo - o resultado será bom para a economia americana e, com isso, para a economia mundial.
Mesma visão tem o diretor-geral de investimentos de América Latina em Nova York do UBS, Renato Grandmont. No médio prazo, ele segue com visão positiva para as ações dos Estados Unidos e de alguns emergentes, com base em expectativa de crescimento mais rápido das economias dos EUA e dos emergentes no ano que vem.
Para o Brasil, embora devam haver ajustes de curto prazo em razão das políticas internas e das condições econômicas, o executivo diz acreditar que a aprovação da reforma da Previdência na segunda metade de 2017 e a queda nas taxas de juros devem dar suporte às condições do mercado no médio prazo.
As maiores perdas do Ibovespa foram basicamente de companhias que operam no mercado local. Caíram Cielo (-5,9%), Smiles (-3,68%), BR Malls (-2,82%), Embraer ON (-2,79%), Localiza (-2,32%), Raia Drogasil (-1,34%) e BM&BFBovespa (-1,32%).
Gustavo Cruz, economista da XP, diz que a novidade não é boa no curto prazo nem para o Brasil, nem para os demais mercados emergentes, mas a XP mantém sua visão positiva para a Bovespa no ano que vem. Segundo ele, janeiro será um mês crucial para o ritmo do mercado, sobretudo em relação a aprovação de medidas locais necessárias ao ajuste da economia.
O Ibovespa caiu 1,8% ontem, afetado pelo Fed, e abriu hoje também em queda. Mas o mercado foi se recuperando ao longo do dia e o índice fechou em alta de 0,32%, para 58.396 pontos. As maiores elevações do dia foram de papéis de commodities metálicas, setor que pode ganhar na bolsa no médio prazo. Subiram Gerdau Metalúrgica PN (8,8%), Usiminas PNA (5,19%), Gerdau PN (5,05%), Bradespar PN (4,10%) e CSN (3,02%). Vale PNA ganhou 1,79%.
O minério de ferro no porto chinês de Qingdao avançou 2,93%, para US$ 81,50. Mas, além desse ganho, Alexandre Póvoa, sócio da Canepa Gestora de Recursos, diz que o quadro no médio prazo é positivo para as commodities, o que pode garantir mais fôlego para ações desses setores na Bovespa. Papéis de mineradoras, siderúrgicas e de papel e celulose podem continuar subindo. Ações da economia local devem ficar para trás, ao menos enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) não mostrar sinais de recuperação.
Segundo ele, o cenário de curto prazo fica muito nebuloso após a sinalização de mais altas que o esperado dos juros americanos e é ruim para os emergentes. Mas, no longo prazo, os efeitos podem ser positivos. Caso se consolide a perspectiva de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, investirá em infraestrutura, reduzirá impostos e elevará gastos fiscais - mas sem ser muito firme em suas promessas de protecionismo - o resultado será bom para a economia americana e, com isso, para a economia mundial.
Mesma visão tem o diretor-geral de investimentos de América Latina em Nova York do UBS, Renato Grandmont. No médio prazo, ele segue com visão positiva para as ações dos Estados Unidos e de alguns emergentes, com base em expectativa de crescimento mais rápido das economias dos EUA e dos emergentes no ano que vem.
Para o Brasil, embora devam haver ajustes de curto prazo em razão das políticas internas e das condições econômicas, o executivo diz acreditar que a aprovação da reforma da Previdência na segunda metade de 2017 e a queda nas taxas de juros devem dar suporte às condições do mercado no médio prazo.
As maiores perdas do Ibovespa foram basicamente de companhias que operam no mercado local. Caíram Cielo (-5,9%), Smiles (-3,68%), BR Malls (-2,82%), Embraer ON (-2,79%), Localiza (-2,32%), Raia Drogasil (-1,34%) e BM&BFBovespa (-1,32%).
Gustavo Cruz, economista da XP, diz que a novidade não é boa no curto prazo nem para o Brasil, nem para os demais mercados emergentes, mas a XP mantém sua visão positiva para a Bovespa no ano que vem. Segundo ele, janeiro será um mês crucial para o ritmo do mercado, sobretudo em relação a aprovação de medidas locais necessárias ao ajuste da economia.
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