Dólar fecha em alta com dados fortes da economia americana
O dólar fechou em alta frente ao real reagindo à valorização da moeda americana no exterior, sustentada por dados melhores que o esperado da economia americana.
A inflação ao consumidor americano teve em dezembro a maior alta anual em dois anos e meio, indicando que pressões de preços podem estar emergindo. E a produção industrial na maior economia do mundo cresceu 0,8% em dezembro, acima da expectativa de alta de 0,7% do mercado, após contração de 0,7% um mês antes.
Investidores aguardam a posse do novo presidente americano, Donald Trump, na sexta-feira, que poderá trazer novas informações sobre as medidas econômicas a serem adotadas em seu governo.
A grande dúvida do mercado hoje é se Trump conseguirá implementar suas promessas de campanha sobre aumento de gastos fiscais. Isso levaria a maiores pressões inflacionárias, o que poderia forçar o Federal Reserve (Fed, BC americano) a subir os juros mais que projetado hoje pelo mercado. Tal movimento sustentaria uma nova rodada de alta global do dólar.
No mercado local, o dólar comercial subiu 0,31% e fechou a R$ 3,2215, enquanto o contrato futuro para fevereiro avançava 0,31% para R$ 3,235.
Chamou a atenção dos analistas as vendas maiores de dólares do BNDES nesta semana, o que têm ajudado a segurar uma alta mais forte do dólar no mercado local.
O presidente do Banco central, Ilan Goldfajn, atribuiu a tendência de fortalecimento da moeda americana não só à alta de juros promovida pelo Fed, mas também às perspectivas de maior crescimento global e de recuperação dos preços das commodities. "Não estamos preocupados com o dólar forte", disse Ilan em entrevista à imprensa no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, lembrou que o país tem taxa de câmbio flutuante e ressaltou que o Brasil tem vivido, devido à melhora da confiança, um processo diferente do que atravessam os demais países emergentes. "Fatores domésticos prevalecem sobre os externos o câmbio", afirmou Meirelles.
Ilan lembrou que o Brasil, no entanto, tem sempre a possibilidade de usar os swaps cambiais para dar tranquilidade ao mercado.
Hoje o BC renovou mais 12 mil contratos de swap cambial tradicional que venceriam em 1º de fevereiro, operação que somou US$ 600 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deve renovar 84% do lote de swaps cambiais que vence no início de fevereiro, deixando vencer o equivalente a US$ 1,031 bilhão.
O BC decidiu iniciar a rolagem do lote de US$ 6,431 bilhões nesses derivativos que vence em 1º de fevereiro mesmo com o fluxo cambial positivo, diante da possibilidade de aumento de volatilidade dos mercados com a posse de Trump. Em janeiro, até o dia 13, o fluxo cambial estava positivo em US$ 4,087 bilhões, impulsionado pela retomada das captações externas.
A inflação ao consumidor americano teve em dezembro a maior alta anual em dois anos e meio, indicando que pressões de preços podem estar emergindo. E a produção industrial na maior economia do mundo cresceu 0,8% em dezembro, acima da expectativa de alta de 0,7% do mercado, após contração de 0,7% um mês antes.
Investidores aguardam a posse do novo presidente americano, Donald Trump, na sexta-feira, que poderá trazer novas informações sobre as medidas econômicas a serem adotadas em seu governo.
A grande dúvida do mercado hoje é se Trump conseguirá implementar suas promessas de campanha sobre aumento de gastos fiscais. Isso levaria a maiores pressões inflacionárias, o que poderia forçar o Federal Reserve (Fed, BC americano) a subir os juros mais que projetado hoje pelo mercado. Tal movimento sustentaria uma nova rodada de alta global do dólar.
No mercado local, o dólar comercial subiu 0,31% e fechou a R$ 3,2215, enquanto o contrato futuro para fevereiro avançava 0,31% para R$ 3,235.
Chamou a atenção dos analistas as vendas maiores de dólares do BNDES nesta semana, o que têm ajudado a segurar uma alta mais forte do dólar no mercado local.
O presidente do Banco central, Ilan Goldfajn, atribuiu a tendência de fortalecimento da moeda americana não só à alta de juros promovida pelo Fed, mas também às perspectivas de maior crescimento global e de recuperação dos preços das commodities. "Não estamos preocupados com o dólar forte", disse Ilan em entrevista à imprensa no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, lembrou que o país tem taxa de câmbio flutuante e ressaltou que o Brasil tem vivido, devido à melhora da confiança, um processo diferente do que atravessam os demais países emergentes. "Fatores domésticos prevalecem sobre os externos o câmbio", afirmou Meirelles.
Ilan lembrou que o Brasil, no entanto, tem sempre a possibilidade de usar os swaps cambiais para dar tranquilidade ao mercado.
Hoje o BC renovou mais 12 mil contratos de swap cambial tradicional que venceriam em 1º de fevereiro, operação que somou US$ 600 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deve renovar 84% do lote de swaps cambiais que vence no início de fevereiro, deixando vencer o equivalente a US$ 1,031 bilhão.
O BC decidiu iniciar a rolagem do lote de US$ 6,431 bilhões nesses derivativos que vence em 1º de fevereiro mesmo com o fluxo cambial positivo, diante da possibilidade de aumento de volatilidade dos mercados com a posse de Trump. Em janeiro, até o dia 13, o fluxo cambial estava positivo em US$ 4,087 bilhões, impulsionado pela retomada das captações externas.
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