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Juros futuros caem com reforço de apostas em Copom mais agressivo

27/03/2017 17h33

As taxas de DI começaram a semana em queda, refletindo aumento de apostas em aceleração de corte da Selic em abril, algo que deverá ser endossado pelo Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) a ser divulgado nos próximos dias.


"Podemos esperar sinais adicionais sobre os próximos passos da política monetária, incluindo a discussão da taxa de juro real neutro", diz o Bradesco em nota.Investidores também aguardam com cautela o anúncio, previsto para amanhã, do contingenciamento do Orçamento, quando será também informado aumento de impostos.


Dados do setor de serviços (quarta-feira), de varejo (quinta-feira) e o IBC-Br (sexta-feira) também são aguardados, além da Pnad Contínua (sexta) e resultados fiscais do Governo Central (quinta) e consolidado (sexta). Do lado da inflação, o IGP-M de março é esperadp para quinta-feira.


A Receita Federal reportou na tarde desta segunda-feira alta real de 0,36% da arrecadação total em fevereiro em relação a igual mês de 2016. No primeiro bimestre, a elevação foi de 0,62% sobre um ano antes.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI julho de 2017 caía a 11,015% ao ano, contra 11,070% no ajuste anterior.O DI janeiro de 2018 recuava a 9,840%, frente a 9,900% no ajuste anterior.O DI janeiro de 2019 cedia a 9,410%, ante 9,450% no último ajuste.E o DI janeiro de 2021 ia a 9,830% (9,870% no ajuste anterior).



Os contratos mais relacionados à política monetária foram os mais negociados nesta segunda-feira. O DI julho de 2017 liderou o movimento, com 155 mil ativos, seguido pelo DI janeiro de 2019.


As posições dos investidores embutem 97% de probabilidade de corte de 1 ponto percentual da Selic nas próximas duas reuniões do Copom. Na sexta-feira, essa precificação era de 88%. Os demais 3% referem-se a aposta em prol de manutenção do ritmo de declínio da Selic em 0,75 ponto. A curva apontam ainda uma Selic de 9% no final do ano, exatamente a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Banco Central para o Relatório Focus.