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FGV: Após cair por 2 meses, incerteza sobre economia cresce em março

29/03/2017 08h35

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,9 pontos em março, para 122,7 pontos, após marcar 118,8 um mês antes. O índice tinha registrado quedas de 9,1 pontos em janeiro e de 8,5 pontos em fevereiro.


"Mesmo com a economia dando sinais de recuperação e após uma evolução favorável do IIE-Br no primeiro bimestre do ano, os níveis de incerteza são ainda muito elevados no Brasil, mostrando as dificuldades que a economia enfrentará ao sair de uma das maiores recessões da nossa história. Alta incerteza atrapalha investimentos e afeta o consumo, mesmo em momentos em que a taxa de juros da economia é baixa", afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre. "Medidas econômicas paliativas colaboram para melhorar o ambiente de negócios, mas não serão suficientes para promover uma retomada do crescimento de forma sustentada. Para que os níveis de incerteza se reduzam consistentemente, colaborando assim para uma aceleração mais rápida da economia, serão necessárias medidas que sinalizem mudanças estruturais, como a aprovação das reformas da previdência e política", acrescentou.


Em março, pela primeira vez desde outubro de 2016, a principal contribuição para a variação do IIE-Br foi dada pelo indicador de expectativa, que subiu 9,4 pontos, puxado pelo aumento expressivo da volatilidade das previsões dos especialistas em relação ao preço futuro do câmbio.