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Lucro da Alcoa no Brasil sobe 14 vezes, mas receita fica menor em 2016

29/03/2017 15h59

A Alcoa colheu em 2016 os frutos da reestruturação realizada no ano anterior, com fechamentos de fundições e reduções de custos, e conseguiu elevar seu lucro líquido durante o período no Brasil. O balanço também foi reforçado por melhores números em coligadas e controladas em conjunto. Mesmo assim, no lado operacional, o resultado não foi dos melhores, e o grupo enfrentou reduções de margem.


Durante o ano passado, a fabricante de alumínio registrou lucro líquido atribuível a controladores de R$ 192,3 milhões. O número é mais de 14 vezes o que foi apresentado em 2015, quando contabilizou resultado positivo de R$ 13,3 milhões. Desses ganhos, mais de 60% se referem a crescimento no lucro de empresas que não são consolidadas integralmente no balanço ? de R$ 69,8 milhões para R$ 183,4 milhões.


A receita líquida da empresa caiu 13,4% no ano, terminando em R$ 1,69 bilhão. Os custos de venda, por sua vez, saltaram 30,6%, para R$ 1,29 bilhão, especialmente pelo gasto com matéria-prima ter ficado praticamente estável e o da venda de energia ter crescido. Isso derrubou o lucro bruto pela metade, para R$ 406 milhões.


O mercado interno se comportou muito pior do que o externo para a carteira de pedidos da Alcoa. O faturamento no Brasil diminuiu 37,3%, totalizando R$ 1,95 bilhão entre janeiro e dezembro, mas no exterior o recuo menos intenso, de 16,5%, para R$ 535 milhões.


Apesar disso, a companhia conseguiu cortar em 43,9% as despesas administrativas, que ficaram em R$ 287,6 milhões, e em 47,1% as com vendas, para R$ 25,1 milhões. O lucro operacional foi de R$ 50,4 milhões em 2016, contra prejuízo nessa linha em R$ 73,6 milhões no ano anterior.


Mas essa reversão foi basicamente gerada pela base fraca de comparação. Em 2015, a Alcoa teve de reservar R$ 469,5 milhões em despesas para reestruturação por conta do desligamento de fundições no Maranhão e em Minas Gerais. No ano passado, foram apenas R$ 54,1 milhões.


O balanço da companhia também mostra que a dívida bruta com empréstimos e financiamentos caiu 6,4%, para R$ 717,6 milhões, enquanto o caixa e equivalentes cresceu 24,3%, para R$ 232,5 milhões.