Mercado segue defensivo e dólar fecha em alta a R$ 3,27
O dólar começou a semana em alta, chegando a superar R$ 3,31 na máxima. No fechamento, a moeda ganhou 0,60%, a R$ 3,2749. O mercado parece tentar encontrar algum equilíbrio mais perto de R$ 3,30, ajudado pelas atuações do Banco Central.
Depois da firme queda na sexta-feira, investidores voltaram a tomar dólares como "hedge". O mercado como um todo segue mais defensivo, o que pode ser verificado também pela alta dos juros futuros.
A origem disso é a percepção de que os ruídos políticos não perderam força ao longo do fim semana. Cresce o receio de que o processo de resolução da crise seja mais demorado, o que implica mais demora na aprovação das reformas fiscais.
Com isso, aumenta o coro dos profissionais que defendem a saída de Temer como forma de dar vazão à agenda de reformas. Mas há também aqueles que mostram cautela com um possível substituto do presidente e sua capacidade de levar adianta as negociações com o Congresso.
O real chegou a mostrar o pior desempenho do dia, mas chegou ao fim da tarde com a terceira maior queda entre 33 pares do dólar - peso argentino (-1,03%) e peso colombiano (-0,85%) lideram as perdas.
Vendas de moeda por exportadores ajudaram a acalmar os preços, bem como a atuações do Banco Central. O BC injetou hoje mais US$ 2 bilhões no mercado via colocação de swaps cambiais, além de ter feito rolagem de 8 mil desses contratos, que anteriormente expirariam em junho.
Hoje, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa da economia, mas ressalvou que isso não impede o uso de instrumentos para garantir o bom funcionamento do mercado. Ilan lembrou ainda que o estoque de swaps cambiais foi reduzido, o que dá ao BC espaço para atuações.
No mercado futuro, o dólar para junho tinha alta de 0,58%, a R$ 3,2825.
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