FGV: Confiança do consumidor cai em junho diante de incerteza política
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) caiu 1,9 ponto em junho, feito o ajuste sazonal, para 82,3 pontos, devolvendo a alta do mês anterior. A piora da confiança pode ser reflexo do aumento da incerteza política após 17 de maio [quando veio à tona delação do dono da JBS, Joesley Batista, emvolvendo o presidente Michel Temer], diz a instituição. Na comparação com junho de 2016, houve alta, de 9,5 pontos.
"A piora das expectativas em junho foi fortemente influenciada pelo aumento da incerteza após os eventos de maio e dos riscos de que estes possam afetar negativamente a economia. A Sondagem apurou piora das expectativas para o emprego e para as finanças familiares, o que, como em um efeito cascata, também reduzem o ímpeto para compras de bens duráveis nos próximos meses", afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Em junho, tanto as percepções em relação à situação atual quanto as expectativas apresentaram resultados inferiores aos mês anterior. O Índice da Situação Atual (ISA) registrou sua terceira queda consecutiva, ao passar de 70,5 para 70,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE), que havia se recuperado em maio, recuou 2,9 pontos, para 91,7 pontos.
O indicador que mede as perspectivas em relação à situação financeira das famílias foi o que mais influenciou na queda do ICC em junho, ao ceder 5,6 pontos em relação ao mês anterior, para 89,9 pontos. A piora das expectativas sobre a economia, em razão da instabilidade política, juntamente com a dificuldade de recuperação do mercado de trabalho, são fatores que parecem estar contribuindo negativamente na hora dos consumidores pensarem em sua situação financeira familiar fazendo com que as expectativas sobre as finanças familiares e o consumo de bens duráveis tenham se apresentado muito instáveis nos últimos meses.
Houve queda da confiança em todas as faixas de renda, exceto para famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. Após atingirem o mínimo da série de satisfação em relação às suas finanças no mês anterior, estas famílias se demonstraram mais otimistas neste mês, o que evitou uma queda maior do ICC. As famílias com renda mensal entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 apresentam o terceiro mês de queda consecutivo, com a confiança atingindo 83,6 pontos.
A sondagem do consumidor colheu informações de 1.929 domicílios entre os dias 1 e 21 de junho.
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