Dólar opera no nível de R$ 3,22, com foco no exterior e cena política
O dólar e os juros futuros têm uma rodada de queda firme nesta manhã de quarta-feira, embalados pelo ambiente favorável ao risco. A aprovação da reforma trabalhista pelo Senado ontem, embora fosse amplamente esperada, também contribui para esse tom mais positivo dos mercados.
Às 9h50, o dólar comercial cedia 0,96% para R$ 3,2211.
Mesmo com a queda observada nos últimos dias, vale observar que o dólar segue em patamares bastante superiores aos observados antes do dia 17 de maio, dia em que a crise do governo Michel Temer foi deflagrada pela delação da JBS. Naquele dia, o dólar pronto encerrou a sessão a R$ 3,1313, depois de ter tocado a mínima do ano de R$ 3,0954 na véspera. No dia seguinte, a apreensão com o futuro do governo levou a cotação a R$ 3,3836.
O mesmo vale para os juros futuros. O DI janeiro/2021 era negociado a 9,860%, ante 9,950% no ajuste do dia anterior. No dia 17 de maio, esse contrato terminou a sessão com taxa de 9,62%.
As condições globais de liquidez, ainda fartas, explicam boa parte da melhora observada recentemente. De outro lado, as incertezas políticas limitam a melhora dos preços.
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