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Dólar completa mais longa sequência de baixas do ano e fecha a R$ 3,18

17/07/2017 18h06

Em meio ao menor volume em duas semanas, o mercado de câmbio voltou a operar na ponta de venda de dólares. Com isso, a moeda americana cravou seu sétimo pregão consecutivo de baixa - sequência mais longa do ano.


O noticiário positivo no exterior, com dados melhores vindos da China, ajudou a manter o real em trajetória de apreciação. Mas a magnitude dos movimentos tem sido mais branda, à medida que investidores debatem o espaço para mais valorização cambial.


Baseado em performances passadas, o BofA vê o real como um "bom candidato" a posições compradas no atual cenário global, de ampla liquidez. Mas até o fim do ano o banco espera depreciação da moeda brasileira, que fecharia 2017 valendo 3,40 por dólar.


Já a UBS Wealth Management Brasil projeta apreciação de 4,30% do real em 12 meses, com a taxa de câmbio indo a R$ 3,05 por dólar ao fim desse período. O executivo Ronaldo Patah justifica a expectativa de valorização cambial a partir do cenário externo de ampla liquidez.


"O bom humor global e a perspectiva de que as commodities não caiam muito mais a partir dos preços de agora colaboram para nossa visão sobre o câmbio", diz Patah. Mesmo num cenário mais adverso, em meio à expectativa para as eleições presidenciais do ano que vem, o executivo não vê o dólar alcançando picos de R$ 3,50.


No fechamento do mercado interbancário, o dólar comercial caiu 0,13%, a R$ 3,1813. É o menor patamar de encerramento desde 17 de maio (R$ 3,1313), última sessão antes da eclosão da crise política após a delação da JBS.


O real avança 4,19% em julho, melhor desempenho numa lista de 33 pares do dólar americano. No ano, a divisa ganha 2,18%, depois de no pior momento (18 de maio) acumular perda de 3,93%.


Em sete dias seguidos de baixa, o dólar recua 3,63%. É a mais longa série do tipo desde os sete pregões de queda entre 5 e 13 de dezembro. Naquela época, a desvalorização acumulada fora de 4,40%.


Hoje, o volume de negócios no mercado futuro não chegava a 190 mil contratos, a caminho de se tornar o menor desde 4 de julho, quando o feriado nos EUA fez o giro minguar a 94.055 contratos.