Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Arrecadação federal tem alta de 3% em junho e alcança R$ 104,1 bilhões

19/07/2017 10h49

(Atualizada às 12h16) Aarrecadação federal de impostos se mantém alinhada com o desempenho dos indicadores econômicos e retratam a retomada da economia no período de janeiro a junho, disse o chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias.


Em junho, a Receita Federal registrou uma arrecadação total de R$ 104,1 bilhões, o que representa um aumento real de 3% na comparação com o resultado no mesmo mês de 2016.Sem correção inflacionária, a receita em junho teve alta de 6,08% ante um ano antes quando a arrecadação somou R$ 98,129 bilhões.


Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve alta de 3,17% em termos reais em junho, para R$ 102,322 bilhões. Em termos nominais, a variação foi positiva em 6,26%.


Por outro lado, a receita própria de outros órgãos federais apresentou queda real de 6,09% em junho, perante um ano antes, somando R$ 1,778 bilhão. Em termos nominais, a baixa foi de 3,27%.


No primeiro semestre, a arrecadação total foi de R$ 648,584 bilhões, alta real de 0,7% na comparação com o mesmo período do calendário anterior. Sem considerar o efeito da inflação, a elevação foi de 5,08%. O montante de janeiro a junho de 2017 é o melhor para esse período de ano desde 2015.


As receitas administradas somaram R$ 630,807 bilhões no semestre, queda real de 0,20%. Em termos nominais, o aumento foi de 4,07%. Já a receita própria de outros órgãos federais foi de R$ 17,777 bilhões no semestre, variação real positiva de 53,34% e nominal de 59,88% ante o primeiro semestre de 2016.


"A arrecadação está refletindo os indicadores. De janeiro a junho, o que foi captado de índice de atividade econômica se refletiu em arrecadação positiva", explicou Malaquias.A economia, segundo ele, está dando sinais de recuperação e a expectativa é de que isso continue.


Ele comemorou a arrecadação até o momento, mas evitou se comprometer com a previsão de uma trajetória positiva até o fim do ano.


Segundo Malaquias, em todas as análises feitas pela Receita não foi identificado qualquer resultado atípico expressivo. "Tem tudo para sinalizar que isso [o resultado da arrecadação] deve ser trajetória. Mas precisa olhar o futuro", ponderou. "Não temos condições de falar [fazer previsões] para a frente agora."


Previdência


A receita previdenciária somou R$ 31,829 bilhões em junho, conforme dados do Fisco, aumento real de 1,24% sobre o mesmo período do ano anterior. No semestre, no entanto, essa arrecadação ainda registra baixa, de 0,49% em termos reais, totalizando R$ 188,618 bilhões.


Na avaliação do chefe doCentro de Estudos Tributários da Receita, a arrecadação previdenciáriacomeçou a dar sinais de crescimento, o que, segundo ele, reflete a melhoria do mercado de trabalho.


Na avaliação de Malaquias, a recuperação de cerca de 67 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra uma sinalização positiva com relação à geração de empregos. "Considero que isso tem tudo para se reverter numa tendência daqui para frente", afirmou.


Não fosse o desempenho negativo da receita previdenciária de janeiro a junho deste calendário, as receitas administradas registrariam leve crescimento real de 0,07% ante o primeiro semestre de 2016.


Impostos


A arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI Total) teve aumento real de 14,81% em junho, no confronto com mesmo mês de 2016, somando R$ 4,014 bilhões. Em junho do calendáro anterior, esse total correspondeu a R$ 3,496 bilhões.


O recolhimento de IPI sobre automóveis mostrou elevação de 29,92% em termos reais em junho, ante um ano antes, para R$ 363 milhões.


ComImposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), foram recolhidosR$ 6,125 bilhões em junho, queda real de 2,06% na comparação com o sexto mês de 2016. Com a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a arrecadação cresceu 0,27%, somando R$ 3,610 bilhões.


No lado financeiro, o recolhimento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) apresentou alta real de 3,90% em junho, na comparação com junho de 2016, para R$ 2,921 bilhões.


A arrecadação de Imposto sobre Importação subiu 4,90% em termos reais em junho, na comparação com o sexto mês de 2016, atingindo R$ 2,707 bilhões.