MPF-SP cria força-tarefa para atuar em casos da delação da Odebrecht
A Procuradoria Geral da República autorizou a criação de uma força-tarefa dedicada às investigações relativas à Operação Lava-Jato em São Paulo. Composto por quatro procuradores da República, o grupo atuará em casos penais e cíveis relacionados à delação de executivos da construtora Odebrecht. Estarão no foco dos procuradores casos que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), repassou para a Justiça Federal na capital.
No total, 77 executivos e ex-executivos da empreiteira fizeram delações que envolveram políticos.
Entre os investigados, segundo o Ministério Público, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposto envolvimento com o patriarca da Odebrecht, Emílio Odebrecht, para reforçar as relações com a então presidente Dilma Roussef, beneficiando Luís Claudio Lula da Silva, filho de Lula, no desenvolvimento do campeonato brasileiro de futebol americano.
Fazem parte da força-tarefa os procuradores Thiago Lacerda Nobre, José Roberto Pimenta Oliveira, Anamara Osório Silva e Thaméa Danelon Valiengo. Esta força-tarefa não terá dedicação exclusiva à operação, acumulando outros casos.
Serão investigadas também as seguintes ocorrências:
* Pagamento de vantagem não contabilizada na campanha eleitoral de 2010 ao vereador Ricardo Montoro (PSDB) para a Assembleia Legislativa de São Paulo.
* Repasses em 2010 de 50 mil reais à campanha eleitoral de deputado estadual José Antônio Barros Munhoz (PSDB) para a Assembleia Legislativa de São Paulo
* Repasses de 50 mil reais na campanha eleitoral de 2010 a ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT).
* Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito de campanha eleitoral do deputado federal José Aníbal (PSDB), hoje suplente de senador, 2010.
* Vantagens indevidas não contabilizadas no valor de R$ 1 milhão no âmbito da campanha eleitoral do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo em 2014.
* Vantagens indevidas não contabilizadas no valor de 30 mil reais no âmbito da campanha eleitoral do candidato Francisco Chaves em 2010.
* Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito da campanha eleitoral do candidato a deputado federal pelo Estado de São Paulo Edson Aparecido (PSDB) em 2010.
* Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito da campanha eleitoral do candidato José Maria Eymael (PSDC) nas eleições para presidente da República de 2010.
* Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito da campanha eleitoral de 2010 do ex-deputado José Genoíno (PT).
* Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito de campanha eleitoral de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.
* Pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos no contexto das obras da linha 2 do Metrô de São Paulo.
* Pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos visando a celebração de acordo judicial referente a contrato de construção da rodovia Carvalho Pinto.
* Pagamento, por parte do Grupo Odebrecht, de uma espécie de "mesada" em favor de José Ferreira da Silva (Frei Chico), irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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