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Inadimplência e juro médio das operações de crédito recuam em junho

27/07/2017 12h11

A inadimplência média das operações de crédito no sistema financeiro caiu para 3,7% em junho, depois de ficar em 4% em maio, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). Em 2016, apesar da retração econômica e aumento dos juros, a inadimplência subiu apenas 0,3 ponto percentual, para 3,7%.


Entre as empresas, que lideraram os calotes no ano passado, a taxa média ficou em 3,6% em junho deste ano, ante 4% em maio. Entre as famílias, a taxa saiu de 4,1,% para 3,9%.


Com recursos livres, a inadimplência das empresas saiu de 6% para 5,3%. A taxa das famílias fechou junho em 5,8%, após 5,9% no mês anterior. Assim, a inadimplência total com recursos livres saiu de 5,9% em maio para 5,6% em junho.


No crédito direcionado, a inadimplência total caiu de 2,2% para 1,9% em junho. A taxa para as empresas foi de 2% e das pessoas físicas de 1,9%.


Juro


A taxa de juro média cobrada pelo sistema financeiro nas suas operações de credito registrou queda de 0,6 ponto percentual, saindo de 29,4% (revisado de 29,2%) em maio para 28,8% um mês depois, o menor desde meados de 2015.


Em junho, a queda dos juros aconteceu para pessoas físicas e jurídicas. As taxas recuaram 0,8 ponto percentual para as famílias, para 36,4%. No caso das empresas, a taxa caiu 0,5 ponto, para 18,7%. Nos 12 meses até junho, a taxa média recuou 3,7 pontos.


Olhando o juro com recursos livres, a taxa para as pessoas físicas foi de 64,5% ao ano em maio para 63,3% em junho. O custo do dinheiro para as empresas caiu de 26,1% para 24,8%. O juro total com recursos livre fechou o mês em 46,1%, vindo de 47,3% em maio.


A queda dos juros médios do sistema mostra compatibilidade com a redução do spread, que diminuiu de 21,5 pontos percentuais em maio para 21 pontos um mês depois. Já o custo de captação das instituições cedeu de 7,9% ao ano em maio para 7,8% em junho. Em 12 meses, o custo de captação cedeu 2,1 pontos percentuais, enquanto o spread recuou 1,6 ponto.


Nas operações de crédito com pessoas físicas, o "spread" ficou em 28,7 pontos percentuais, ante 29,4 pontos em maio. No crédito às empresas, foi verificada redução de 11,3 pontos percentuais, para 10,8 pontos em junho.