Dólar tem maior queda em 5 semanas com Fed, mas fiscal limita redução
O mercado de câmbio andou "colado" ao noticiário externo nesta quarta-feira, dia em que moedas emergentes brilharam em meio a sinais do banco central americano de que altas de juros nos EUA podem demorar mais para acontecer.
É importante notar, porém, que num dia de Fed "dovish", o real performou menos que vários de seus pares emergentes. O "atraso" do câmbio pode ser atribuído à falta de euforia do mercado com as novas metas fiscais. Embora abaixo do temido patamar de R$ 170 bilhões, a piora das metas para até 2020 e os alertas de algumas agências de risco, como a S&P - que manteve o "rating" soberano do Brasil - serviram de argumento para uma postura mais cautelosa.
De toda forma, o exterior prevaleceu. Uma cesta de divisas emergentes subia 0,88% no fim da tarde, maior ganho em cinco semanas, após a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, BC americano) indicar que os membros do Fomc parecem cada vez mais receosos com as fracas leituras de inflação. O documento mostrou que alguns integrantes do colegiado do Fed chegaram a defender interrupção do processo de alta dos juros até que fique claro que a inflação baixa é apenas transitória.
No ano, as moedas emergentes sobem, em média 5,5%. O real avança 3,33%. Analistas têm repetidamente ponderado que o bom desempenho do câmbio doméstico neste ano está diretamente relacionado ao ambiente internacional favorável a ativos de risco. A busca por "yield" reforça a atratividade do real, a despeito dos problemas fiscais do Brasil. Ainda assim, a performance mais fraca da divisa doméstica é um sinal de que investidores ainda veem menos motivos para apostar no câmbio do que meses atrás, quando a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência estava mais clara.
No fechamento, o dólar comercial caiu 0,87%, a R$ 3,1458. É a maior queda desde 12 de julho (-1,35%).
No mercado futuro, em que os negócios são encerrados às 18h, o dólar para setembro cedia 0,58%, a R$ 3,1620.
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