Alta do dólar perde fôlego após teste militar da Coreia do Norte
A alta do dólar perde fôlego no começo da tarde desta terça-feira (29). As moedas de mercados emergentes, incluindo o real, têm os piores desempenhos da sessão em meio ao novo sinal de risco geopolítico. Desta vez, o governo de Pyongyang lançou um míssil que sobrevoou o território japonês, exigindo um posicionamento dos Estados Unidos e dos países da região. No entanto, o efeito negativo nos ativos já se enfraquece, tendo em vista uma retórica menos agressiva dos principais envolvidos.
Com isso, as atenções dos investidores locais se viram novamente para as votações de medidas econômicas no Congresso nesta semana. Se confirmadas como se espera no mercado, as aprovações podem ter efeito positivo para o ambiente de negócios. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, reforçou o coro em defesa das aprovações o quanto antes e disse que quer a votação das novas metas fiscais ainda hoje.
Outro foco é a votação da medida provisória (MP) de criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) no Senado na quarta-feira. Antes disso, a medida deve ter sua avaliação concluída na Câmara, o que pode ocorrer ainda hoje. Aguarda-se ainda a votação da MP do Refis nesta semana.
Por volta das 14h, o dólar comercial operava em alta de 0,23%, a R$ 3,1699, já com alguma distância da máxima de R$ 3,1763.O contrato futuro para setembro, por sua vez, caía 0,03%, a R$ 3,1810.
O teste militar norte-coreano é mais um capítulo de uma recente troca de farpas envolvendo os Estados Unidos. Comenta-se, inclusive, que a iniciativa pode ter sido uma "retaliação" aos exercícios militares conjuntos entre americanos e a Coreia do Sul.
Há algumas semanas, o presidente americano, Donald Trump, até elevou o tom contra Pyongyang quando disse estar pronto para uma eventual ofensiva. A intensidade do nervosismo nos mercados, entretanto, já vinha se esgotando. E desta vez, o republicano se pronunciou apenas em comunicado oficial ao dizer que "todas as opções estão sobre a mesa".
Juros
O mercado de renda fixa denota uma reação contida dos investidores ao novo sinal de alerta trazido pela Coreia do Norte. No Brasil, os juros futuros até ensaiaram uma alta mais firme no começo do dia, mas já se aproximam da estabilidade enquanto se aguardam também votações de medidas de cunho econômico no Congresso brasileiro ao longo da semana.
Hoje, o projeto de lei que muda as metas fiscais de 2017 e 2018 deve ter seu parecer avaliado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO). No mesmo dia, está prevista a votação do projeto de mudanças das metas pelo Congresso. A meta estabelecida é de R$ 159 bilhões para este ano e o próximo.
Outro foco é a votação da medida provisória (MP) de criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) no Senado na quarta-feira (30). Antes disso, a medida deve ter sua avaliação concluída na Câmara, o que pode ocorrer ainda hoje. Aguarda-se ainda a votação da MP do Refis nesta semana.
Por volta das 14h, o DI janeiro/2021 opera a 9,320% (9,300% no ajuste anterior).O DI janeiro/2018 recua a 7,820% (7,860% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2019 cai a 7,810% (7,830% no ajuste anterior).
Bolsa
O Ibovespa busca manter os 71 mil pontos no início da tarde, acompanhando a melhora do desempenho das bolsas americanas. De manhã, a apreensão com as consequências do lançamento do míssil pela Coreia do Norte era justificativa para uma queda mais intensa tanto em Wall Street quanto na Bovespa.
Às 14h, o Ibovespa subia 0,12% para 71.103 pontos.
No topo da lista das maiores quedas, Eletrobras ON recuava 3,50% e Eletrobras PNB perdia 3,14%. Na sequência, vêm Klabin Unit (-2,07%), Raiadrogasil ON (-1,27%) e Qualicorp ON (-1,21%).
Já entre as maiores altas, Embraer ON ostentava 2,46% e a Cemig PN subia 2,38%. Hoje, a Cemig Telecom, braço na área de telecomunicações colocado à venda pela estatal elétrica mineira, afirmou que deve ampliar em 23% o faturamento em 2017, como fruto da reestruturação das operações da empresa.
Também avançavam no horário Sabesp ON (2,10%), Marfrig ON (1,81%) e Braskem PNA (1,53%).
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