Otimismo persiste no Ibovespa, enquanto dólar sobe
O mercado brasileiro segue aberto a correções técnicas após altas sustentadas nos últimos dias, mas os investidores mostram que o Ibovespa continua forte na tendência positiva, sem interesse em uma realização de lucros mais firme e deixando de lado o cenário político mais amargo.
Perto da abertura, o índice chegou a recuar 0,47%, sinalizando uma tentativa de devolução de ganhos. No entanto, às 13h45 o índice subia 0,18%, aos 74.674 pontos.
Em dia de agenda política mais forte, o mercado aguarda o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, e uma possível nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, num dos últimos movimentos antes de sua saída da PGR.
No entanto, a ideia de que uma nova denúncia contra o presidente virá esvaziada, após os eventos recentes envolvendo a delação dos executivos da JBS, afasta o pessimismo político e deixa Brasília em segundo plano, ao menos por hora. A avaliação é de que os riscos existem, mas o otimismo ainda é persistente.
As maiores altas do Ibovespa no horário são Kroton (2,39%), BRMalls (2,13%), Hypermarcas (2,04%), JBS (1,86%) e Natura (1,66%). As desvalorizações mais expressivas do índice são Localiza (-3,83%), CSN (-2,26%), Vale (-2,24%), Bradespar (-2,18%) e Cyrela (-2,17%).
Câmbio
Em dia em que a agenda política é carregada de eventos importantes e concentra as atenções dos investidores, o dólar volta a operar em alta. O principal foco dos agentes está voltado para o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se Rodrigo Janot está habilitado a encaminhar denúncia contra o presidente Michel Temer.
A expectativa por essa definição coloca os investidores na retranca mas, na visão dos especialistas, o movimento de hoje deve ser visto como uma correção e não reverte a tendência positiva desse mercado.
Às 13h53, o dólar comercial subia 0,35% para R$ 3,1396. Já o contrato futuro para outubro avançava 0,46% para R$ 3,1455.
Para Christiano Clemente, da Verus Gestão de Patrimônio,o mercado ainda opera sob a visão de que a probabilidade de uma nova denúncia contra Temer prosperar ainda é bastante reduzida, o que amplia o espaço para o avanço das reformas. "O mercado vem operando com bastante vigor. Então, é natural que haja alguma correção", afirma.
Juros
Os juros futuros operam em leve queda nesta quarta-feira, com oscilações bastante moderadas, refletindo o clima de compasso de espera pela decisão do Supremo a respeito de Janot.
O mercado de juros futuros está "um pouco largado agora", diz o operador de uma corretora doméstica. Isso deve prevalecer, pelo menos, até que se tenha mais definição na cena política. Para o profissional, o mercado já assimilou que a reforma da Previdência ficou para 2019, após a disputa eleitoral do ano que vem. "O mercado não compra mais a ideia de piora", diz.
Na ponta curta, há ainda a percepção de que a Selic pode recuar para 7% ou abaixo disso no atual ciclo de corte de juros. "Alguns players acreditam que ainda há prêmio na curva, então resolvem aplicar nas taxas", acrescenta.
Às 13h57, o DI janeiro/2021 era negociado a 8,990%, de 9,020% no ajuste anterior. Já o DI janeiro/2019 tem taxa de 7,600%, ante 7,640%.
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