Juros futuros voltam a subir, puxados por pressão no câmbio
As taxas de juros negociadas na BM&F voltaram a subir nesta segunda-feira, acelerando as altas durante a tarde conforme o dólar ganhava ritmo na valorização. Na visão de operadores, tanto o mercado de juros quanto o de câmbio seguem refletindo o aumento do grau de desconforto diante da conjunção de exterior mais arisco e aumento das dúvidas sobre a agenda de reformas no Brasil e de redução de posições favoráveis à queda do dólar e dos juros.
À medida que o Comitê de Política Monetária (Copom) caminha para reduzir a Selic para a mínima histórica de 7%, investidores têm mostrado incerteza sobre a capacidade de o juro ser mantido nesse patamar ao longo de um ano eleitoral, que promete volatilidade.
Nesse contexto, a pesquisa Ibope divulgada no fim de semana serviu para reforçar a postura defensiva dos agentes financeiros. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) iriam para o segundo turno em uma eventual eleição presidencial hoje. O levantamento foi feito a partir de 2.002 entrevistas entre 18 e 22 de outubro.
Para esta terça-feira, o mercado vai analisar o conteúdo da ata da última reunião do Copom, na semana passada, quando a Selic caiu a 7,50% ao ano. A retirada, do comunicado, da expressão "encerramento gradual do ciclo" gerou avaliações tanto de que o colegiado do BC poderia estender a queda dos juros para o próximo ano, quanto finalizar o processo no próximo mês de dezembro.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI DI janeiro/2019 tinha taxa de 7,310% (7,300% no ajuste anterior). O DIjaneiro/2020 subia a 8,420% (8,370% no último ajuste).
O DI janeiro/2021 ia a 9,170% (9,100% no ajuste anterior). E o DI janeiro/2023 tinha alta para 9,850% (9,800% no último ajuste).
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