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Ibovespa ganha impulso com Previdência e exterior

21/11/2017 14h59

A maior confiança de que a reforma da Previdência possa acontecer, diante de todos os esforços que o governo tem feito para garantir que mais parlamentares apoiem a pauta, está fazendo com que hoje os investidores voltem a se posicionar nos ativos da bolsa local.


Às 13h36, o Ibovespa subia 1,87%, aos 74.811 pontos.


Em um ambiente global também muito favorável, seja pelas altas das bolsas americanas ontem (20), seja pela abertura positiva em Nova York hoje (21), o Ibovespa encontra espaço para traçar uma recuperação mais firme e se manter acima dos 74 mil pontos.


Para a economista Solange Srour, da Arx Investimentos, o movimento melhor do exterior ontem já indicava maiores chances de mercados emergentes, incluindo o Brasil, aproveitarem a onda e iniciarem os negócios com uma performance favorável.


"Mas o que está fazendo preço é a possibilidade de aprovar a reforma da Previdência, principalmente depois das trocas ministeriais, da aproximação com o Congresso e com a base aliada mais forte. Há mais chances de isso possibilitar arrecadar os votos necessários [para aprovar a reforma]", afirma."Com a proximidade do fim do ano, quanto mais essa percepção [de aprovação] existir, mais o mercado vai responder positivamente", afirma. "[O ministro da Fazenda, Henrique] Meirelles tem feito um esforço hercúleo para sinalizar e tentar garantir que a reforma continue caminhando."


Apenas dois ativos do Ibovespa caem ? Localiza ON (- 1,25%) e Natura ON (-1,34%) ?, consolidando a leitura de que o bom humor é generalizado. Ainda entre as maiores altas do horário estão Smiles ON (6,48%), Usiminas PNA (5,38%) e Rumo ON (4,33%).


Dólar


O dólar opera com ligeira alta no início da tarde desta terça-feira,no retorno do feriado do Dia da Consciência Negra: avanço de 0,03%, para R$ 3,263. O dólar para dezembro, no entanto, cai 0,04%, para R$ 3,2606.


Em geral, o real e seus pares têm passado por um momento de alívio. Os analistas do Deutsche Bank apontam que a recente onda de vendas de ativos emergentes excedeu as expectativas. Agora, a leitura é de que há uma correção técnica nesses mercados. No entanto, uma descompressão mais significativa só deve ficar mais clara em dezembro quando houver mais clareza sobre o cenário econômico dos Estados Unidos. À medida que as incerteza sobre o Federal Reserve (Fed, banco central americano) diminuem, a instituição espera um rali de alívio que favorecerá posições no real, além de outros pares.


Domesticamente, os esforços do governo e seus aliados para avançar com a reforma da Previdência são monitorados pelo mercado. O ambiente, por ora, é tido como neutro, enquanto os investidores aguardam novidades concretas sobre as iniciativas.


Juros


Os juros futuros estendem a queda nesta terça-feira, com redução do prêmio embutido ao longo da curva. O alívio nas taxas, que volta a diminuir a inclinação da curva, acompanha o momento positivo das moedas emergentes, além da valorização da Bolsa.


A diferença entre o DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019, por exemplo, cai a 2,81 ponto percentual, ante 2,87 ponto no fechamento da sexta-feira passada. Com isso, a inclinação acumula agora três sessões seguidas de baixa e, se mantida até o fim do dia, retoma o nível mais baixo desde o dia 9 quando registrou 2,71 pontos.


Por volta das 13h55, DI janeiro/2019 cai a 7,200% (7,220% no fechamento anterior) e o DI janeiro/2020 recua a 8,420% (8,460% no fechamento anterior).O DI janeiro/2021 recua a 9,250% (9,300% no fechamento anterior).


O Deutsche Bank dá preferência a aplicações onde os riscos de inflação seguem baixos e o prêmio continua atraente. Este é o caso da ponta curta dos juros futuros no Brasil, com destaque para a relação entre os vencimenetos de julho de 2018 e janeiro de 2019, e janeiro de 2019 e janeiro de 2020.